Quarta-feira (23) às 10:00 pegamos estrada rumo a Curitiba, PR. Carrinho cheio de tralha e gente, para matar a saudade de coisas vividas 16 anos atrás, viver isso entre os meus e vivenciar essa primeira vez tanto do conge quanto da filhota. Criar novas doses de life is good para recordar.
Como uma jovem senhora cansada & de sonhos simples (ou apenas uma mãe realista a própria realidade caótica) meu único plano era ir ao Jardim Botânico em um dia ensolarado. Qualquer coisa além disso seria lucro, mesmo sabendo que por ficarmos mais dias por lá, teríamos algumas possibilidades para desfrutar.
O que eu não esperava, provavelmente por pura inocência mesmo, era que minha irmã e mãe também teriam planos (e energia) para colocar em prática. Ou seja, escrevo esse post ainda muito cansada e com uma pasta de fotografias dessa viagem que beira a insanidade.
Aproveito para avisar também que a experiência está tão fresca na memória (voltamos segunda-feira, dia 28) que eu ainda nem decidi para que lado pende a balança. Sentindo muito aquela confusão emocional de nunca mais faço isso versus meudeus amei.
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Chegamos na tarde de quarta-feira mesmo, às 16h. São uns 300km de estrada e apesar de só termos parado para almoçar, pegamos trânsito em alguns trechos do percurso. Nada traumático, ainda bem. Fomos direto para o apartamento do nosso primo, aonde ficaríamos hospedados.
Mal retiramos a bagagem do carro, Sara já queria abrir os presentes de aniversário que pegaram estrada conosco. Ganhou uma máquina registradora da dinda e uma casinha de bonecas da avó. Bom demais ser criança.
Tentei tirar férias da construção civil, mas a construção civil não tirou férias de mim. Pisquei e tinha um castelo para levantar.
Como nem só de férias e viagens a vida é feita, assim que chegamos ficou claro que teríamos que lidar com essa aventura enquanto resolvíamos algumas burocracias da vida adulta também. Ainda bem que tinha vinho.
Ainda assim, que bom que a vida nos permite alguns luxos mesmo enquanto as burocracias seguem seu curso. Sopinha quentinha em dias frios? Nunca fui triste.
Aviso: Vou me permitir oscilar no decorrer desse post entre a energia gratiluz e a energia ranzinza de quem sofre ao sair da rotina e precisa lidar com o ritmo alheio.
Como não planejei muito essa viagem além de pensar opa família vamos para curitiba, foi curioso (por falta de expressão melhor) me pegar um pouco incomodada com algumas diferenças no ritmo das coisas. Por exemplo, aqui em casa a gente é do time acordar cedo, viver as coisas e voltar cedo para casa. Provavelmente moldados pela rotina CLT e sendo pais de uma criança pequena que também tem sua rotininha. Já minha irmã e minha mãe vivem em outro ritmo completamente diferente do nosso. E tudo bem, faz parte. Mas por conta dessa diferença de ritmo-realidade, não nego nem confirmo que internamente dei umas surtadinhas por não conseguirmos sair de casa nenhum dia antes das 11h.
Não sei se todos aqui sabem ou suspeitam, mas criança pequena, principalmente se vivendo sem muita rotina no dia, depois de algumas horas acordada começa a se transformar em um gremlin. Só que não aquele fofo do começo do filme, é mais próximo daqueles depois que se molham sabe? Anos de vida dos pais são sacrificados no processo de deixar o gremlin enlouquecido vivo até a hora de ir para a cama.
Outra comparação que faz muito jus a energia de fofa caótica da Sara depois de horas demais acordada num dia sem rotina, ela se transforma no Stitch. Só que nesse caso é o Stitch no começo do filme, antes da Lilo reeducar ele.
Já viram uma canceriana com energia de adolescente com sono e fome? É desesperador.
24.07.25 às 09:32 |
Apreciando um café da manhã gostoso ao mesmo tempo em que pensava caramba a gente vai sair e já estarei com fome novamente.
Museu Oscar Niemeyer - MON
Na quinta-feira (24) dia amanheceu nublado e decidimos começar turistando no MON, aproveitando que fica a uma quadra do apartamento dos nossos queridos anfitriões (primo Ju e a Fê).
Saldo do passeio: Sara ficou indignada porque a princesa dela precisou ficar no guarda-volumes junto com a mochila da mamãe (regras do museu); não ficou feliz com a regra de não corra e não toque em nada; reclamou que não devia ter tanta coisa para olhar; A vovó da Sara enlouqueceu a mamãe pedindo foto a cada peça exposta que via no caminho (isso enquanto Sara resmungava que queria ir embora desde a primeira seção em exposição); Papai achou que era rolê de maluco, principalmente depois do quadro pintado com excrementos do artista; Mamãe terminou o rolê mentalmente exausta e com muita dor na lombar.
É um rolê massa, mas de fato muito cansativo para se fazer com criança pequena. Pelo menos não com uma que não está acostumada com esse tipo de rolê. Obviamente ela ficou entediada já no começo (regras demais para essa pequena exploradora) e isso nos deixou ainda mais cansados.
Bônus: Sara ficou feliz porque na cabecinha incrível dela o arco-íris que ela fez é muito mais legal que o da exposição.
Mercado Municipal de Curitiba
Sexta-feira (25) fomos ao Mercado Municipal de Curitiba.
Fiquei com vontade de fotografar algumas coisas mas ainda não desenvolvi a habilidade de fazer isso carregando uma criança de 16kg no colo. Sara foi feliz no que envolvia comida (ganhou moedas de chocolate) mas como chegamos no mercado já era perto do meio dia e a turma queria comprar algumas coisas antes de almoçar, carisma foi baixando rapidamente.
Felizmente a pequena teve a brilhante ideia de almoçar batatinha e hamburguinho e logo o carisma de nós duas foi realinhado com sucesso. Além do fato que logo após o almoço voltaríamos para o apartamento. Eu sei, filha de turista cansada e ranzinza, cansada e ranzinza será.
Bônus: Sara amou ver tantos aquários cheios de peixinhos.
Ao mesmo tempo que eu gostava de passear, revisitar lugares e conhecer outros, o que me deixava feliz mesmo era voltar para o apartamento. Curtir a preguiça em família no conforto do cafofo do meu primo. Muito aconchegante, diga-se de passagem.
POV: O primo da sua mamãe é professor de calistenia e você quer aprender umas coisinhas.
Já a mamãe não quis testar nada dessa vez que o ciático azucrinando já está de bom tamanho por enquanto.
O tanto que a Sara amou os dias dentro desse apartamento não está escrito e nem registrado o suficiente. Se desse para colocar meu primo e a namorada num potinho, provavelmente Sara iria querer trazer pra casa.
Jardim Botânico de Curitiba
Sábado (26) ensolarado, chegamos no jardim era meio dia — quando falei que não saímos de casa nenhum dia antes das 11h não era brincadeira (para meu desespero). Para não entrar no modo ranzinza, considerando que já cheguei com fome como sabia que iria acontecer em algum momento, precisei me lembrar que o foco da viagem para mim era justamente esse passeio.
Olhando as fotos desse dia agora enquanto escrevo esse post, pensando no tanto que eu queria ir lá, eu dou é risada. A energia caótica de meudeus que lugar lindo ao mesmo tempo em que eu me perguntava pelamordedeus que ideia estúpida vir aqui em pleno meio dia de um sábado ensolarado pra cacete e cheio de gente. Muitas emoções, muitas emoções. Não é a toa que Sara começou o passeio ranzinza, fazendo muita careta por conta da claridade e já sofrendo com a ideia de ter que andar demais.
A nossa sorte foi converter o carisma azedo da pequena em alegria com um piquenique improvisado. Panos, balas Fini compradas no rolê do dia anterior e um sonho. E vamos ser sinceros, nosso carisma também teve sua melhora depois de uns minutos descansando na sombra, apesar do canto escolhido pela Sara ser um espaço inclinado e cheio de galhos. Chooooices.
Vivendo e aprendendo, não é mesmo? O rolê é absurdo de lindo, como esperava que fosse, mas provavelmente teria sido melhor aproveitado se tivéssemos chegado mais cedo. O conge desistiu de entrar na estufa (gente demais por m²) e foi para área aberta com a Sara. A pequena só se soltou mesmo quando liberada dos pontos fotográficos para poder correr.
Vovó não teve a foto que queria com a neta e nem tenho como julgar a pequena, nenhum rolê ali foi realmente divertido para ela. Criança quer brincar sem se preocupar com poses e regras sociais. Criança quer ser criança né?
Saímos do Jardim Botânico e fomos direto no Cadillac Pub almoçar. Realinhamos o carisma gasto enchendo o buchinho com batatinha e hamburguinho e apreciando um chopp gelado. Sara roubou o lanche do pai e depois foi feliz brincar no parquinho que tinha ao lado do bar.
Largo da Ordem Curitiba
Domingo (27) minha cota de energia e bateria social já tinha ido com os deuses mas irmã e mãe queriam muito ir no Largo da Ordem, então lá fomos nós.
Fez mais um diazão lindo e quente. Fiquei chocada com a sensação do quanto a feira cresceu desde a última vez que passeei por ali. Devido ao cansaço quase não registrei nada e também não fiquei tentada a trazer nenhuma lembrança da infinidade de coisas que vendiam lá. Queria mesmo era saber aonde foi parar o vinil do Oingo Boingo que comprei nessa mesma feira em 2009 pela bagatela de 5 reais.
Sara ficou feliz depois de ganhar da avó um vestido para a Barbie dela, produção manual de algum feirante. Também foi feliz comendo pastel de queijo. Já eu e o conge seguimos a indicação da minha irmã e experimentamos pirogue (muito bom).
Apesar de não ter mais registros desse passeio, lá conhecemos os pais da Fê (dois queridos 🤏🏻). Nos indicaram outros parques e rolês turísticos para conhecer numa próxima visita.
Assim findaram os rolês turísticos dessa viagem. Depois de muito bater perna, papear e encher o buchinho, enfim voltamos para o apartamento. Fechamos o domingo de preguiça no sofá assistindo um dos meus filmes preferidos, Sinais. Meu primo ainda não tinha assistido e minha irmã já não lembrava da experiência. Foi divertido observar as expressões deles enquanto o filme rodava. Sara gargalhou gostoso com os sustos que a dinda tomou.
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Aproveitar que esse post já está quilométrico mesmo — meu mais sincero obrigado para quem aguentou o tranco até aqui — e compartilhar mais alguns registros que gostei bastante. Observar minha menina brincando, solzinho entrando na janela, brinquedo para todo lado, filminho na TV e a preguiça no conforto do apartamento.
Gratidão demais pelo acolhimento e pela oportunidade. Como disse no começo do post e reforço, é bom demais poder ter tempo para viver as coisas e criar novas memórias. A experiência teve seus pontos positivos e também negativos, o que faz parte. Voltei para casa cansada mas voltei feliz.
Finalizo esse post com os últimos registros da viagem, uma parada rápida na estrada para ir ao banheiro, descabeladas e com a roupa que acordamos (as fucking 3:30 da madrugada).
Bom viajar mas é ainda melhor voltar para a casa (a nossa carinha não nega).
💖
Oii
ResponderExcluirAmei as fotos do começo do post, eu AMO essa sensaçao de viajar de carro com carro cheio e aquela baguncinha classica de gente e mala.
Tõ rindo da oscilação de energia prq entendo perfeitamente. Eu AMO viajar com família, mas sendo introvertida surto em muitos momentos com o caos e ter gente sempre por perto também.
Se eu tivesse nesse rolê, já tinha surtado e falado: se a gente vai sair 11h, a primeira parada é o almoço. E ainda usaria o humor da criança pra sustentar minha regra kkkkkk
Ameei as fotos e saber um pouquinho mais sobre a viagem de vocês!
Abraços,
A Menina da Janela
os introvertidos sofrem né 😂
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ResponderExcluir🥹💖✨
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