menu
1.10.23

Amando a nova capacidade de jogar aqui informações aleatórias importantes — pra mim pelo menos — e simplesmente sumir. Tudo bem? Como vocês estão? Voltei de férias final de julho e parece que virou uma chavinha porque quando vi tinha começado terapia e resolvido coisas (consultas, exames, etc etc etc) que estavam pendentes na minha wishlist mental há uma eternidade. Bentida a terapia.

Enfim fiz a colonoscopia e — can I hear an amen — descartada a possibilidade de câncer. Biópsia anterior efetuada com sucesso! Ainda me parece tão surreal esse rolê todo que as vezes me pego pensando se realmente aconteceu. Próximo exame de controle só daqui um ano graças a @deus.

Nesse meio tempo atacou alergia nos olhos, na pele, rinite, sinusite — AAAAAA — meudeus toda alérgica socorro. Inclusive trabalhando muitas teorias a respeito na terapia enquanto irmãzinha segue dizendo que estoy inflamadah. O exame de intolerância a lactose? Tirem suas próprias conclusões. Sofridah.

Essa movimentação toda, a terapia, enfim, a tal virada de chave. Corpinho reage, responde. Cansada porém mentalmente um pouco menos surtada ou pelo menos entendendo melhor esse rolê todo. Toda sessão me perguntando como que não comecei isso antes. Voltando a rotina maromba-rata-de-academia aos poucos. Vamo que vamo. 

Muita coisa na cabeça — passado, presente e futuro — e lidando da melhor forma, surtos capilares.


26.7.23

Aproveitei essas férias para passar uns dias na casa da minha mãe, em Imbituba. Ela morava em Erechim/RS e, como se aposentou, veio morar nos lados de cá. Aproveitamos para matar a saudade e fugir da rotina sempre que dá, geralmente no espaço curto de tempo de um final de semana. Dessa vez, um pouco mais. 

Pegar estrada é algo que me faz bem. Achava que era pelo simples fato de gostar de viajar. Hoje, tendo um pouco mais de noção de como funciona essa cabecinha aqui, suspeito que seja pela possibilidade de pensar sem a urgência de resolver algo na sequência, ciente de que não tem muito o que se fazer além de esperar chegar no destino escolhido. Feliz é a Sara que aproveita para dormir, algo que só consigo fazer no caminho de volta para casa, ou avisar quantos bois encontra nos pastos de beira de estrada. 

A casa é uma graça, tem muito da minha mãe em cada canto e me enche de alegria vê-la enfim podendo desfrutar desse sonho. Enfim perto da praia, no município que ela nasceu e cresceu, cada canto tão cheio de história. Tudo vira recordação. Já Sara, sendo a única neta, se diverte com a liberdade que tem lá. Com todos os mimos que ganha, claramente a pessoa mais mimada da casa. Acho fofo.

Lá tudo é oportunidade para tomar uma taça de vinho, o que muito me alegra, e também é um lugar onde tento me permitir brincar com as roupas que tenho e que geralmente seguem esquecidas no fundo do armário. As roupas de academia (mesmo não indo treinar) e as roupas de casa-pijama parecem escolhas óbvias demais para serem substituídas. Sinto falta das escolhas não óbvias.

Como não somos tolos nem nada, lá aproveitamos também para terceirizar algumas tarefas para vovó e dinda. Seja por necessidade de descanso, seja porque é gostoso demais vê-las cuidando da nossa filha. Uma mistura bacana das duas opções, tranquilamente. 

Na última visita a dinda foi escolhida pela Sara para ficar encarregada das trocas de fralda e de servir mamão. Alguém estava determinada a acabar com todos os mamões da casa e ficou chateada quando na reposição ainda precisou esperar o danado amadurecer. 

Já quanto ao colo-chamego, bom, preciso nem dizer nada né? 


Fun fact. Antes de pegar estrada rumo a casa da mãe, fui em uma consulta médica e sai de lá com uma porção de exames para fazer. Apesar de não aguentar mais ouvir minha irmã falar que estou #inflamadah, que provavelmente tenho os mesmos problemas que ela, etc etc etc, resolvi solicitar exames para investigar isso de uma vez. De brinde ainda sai da consulta com a suspeita de ter TDAH, o que bizarramente fez muito sentido. Eu já tinha decidido procurar um psicólogo (antes tarde do que mais tarde) e agora a curiosidade intensificou ainda mais a minha necessidade. 

Obs (i): Antes que soe esquisito demais uma consulta de rotina – que durou cerca de uma hora para mais e eu nem notei – terminar em suspeita de diagnóstico, essa médica me atende desde que eu tinha o tamanho da Sara (faz tempo) e reforçou a importância de procurar um profissional da área. Acredito que a informação não caiu no meu colo assim do nada, de graça. Vamos aguardar próximos capítulos.

Obs (ii): Maninha, te amo sabe? Só não estou pronta para abandonar meus queridos laticínios ainda. Os vídeos sobre inflamação estão me deixando em situação de #doidah. 

Obs (iii): Indicação de terapeuta, alguém? Estou #precisadah.
 


A quem interessar saber: Imbituba é um município que fica no litoral sul de Santa Catarina. É considerada a capital nacional da Baleia Franca. Já Gamboa é uma praia, do município do Garopaba, também litoral sul de Santa Catarina. Faz parte da APA - Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca.

 


Da casa da mãe fomos para a casa do meu padrasto Beto, na Gamboa. Surgiu a oportunidade de passear com um quadriciclo, algo que tinha feito uma única vez há mais de dez anos, e não sabia se estava animada e/ou em pânico com a possibilidade. Suspeito que os dois.

Para alegria de Sara lá tinha muito mamão maduro e ela pode matar a sua vontade sem grandes problemas. Os pais ficam imensamente felizes porque assim não tem intestino de criança que ouse ficar desregulado. Pais em processo de desfralde dos filhos vão entender o que eu digo.

Fora de temporada o movimento por lá é baixíssimo, o que muito me agrada. Enquanto passeávamos por lá trocamos um bom dia e boa tarde com alguns moradores, provavelmente nativos, e enfim matamos a curiosidade de ir no balanço que instalaram tem um tempo no mirante. Gargalhei quando a Sara ralhou com a dinda por ser a vez dela na brincadeira e a dinda demorar para sair.


Aleatoriedades

  1. O belo momento de luxo na banheira durou pouquíssimos minutos porque Sara estava determinada a fazer o oposto do que pedíamos e, com medo da pentelha gripar, tivemos que sair.
  2. Alguns turistas cismaram que uma pedra no meio do mar podia ser um foca ou uma baleia. Achei ousado pela distância e tamanho mas fiquei quieta porque geralmente soo como doida e não estava afim de receber em troca caras feias.
  3. Dias atrás resolvi fazer aquelas pesquisas nada científicas no TikTok, naquela mesma energia de quem não entende nada de astrologia mas pesquisa o horóscopo do dia porque vai que dessa vez faz sentido, porque cismei que o Toni poderia ter algum transtorno a julgar por algumas diferenças nossas – com base única e exclusiva, vozes na minha cabeça. Nessa grande busca (risos), me identifiquei com várias características de quem tem TDAH e, claramente confusa, desisti de continuar com a pesquisa. Corta para a minha surpresa na consulta que citei nesse post, sendo que eu não tinha comentado nada para a minha médica. É, aparentemente a neurodivergente sou eu. 
  4. Queria ter levado meu casaco novo extremamente rosa para ser Barbie em situações completamente aleatórias mas errei feio a expectativa de temperatura e não só não fui Barbie como passei frio.
  5. Mensagem do padrasto depois que saímos de lá, em uma outra visita, fevereiro desse ano:
***
É, aparentemente a pessoa que tentava fazer posts curtos morreu e foi substituída por uma que não sabe mais a hora de parar. Desculpa a manutenção estamos em transtorno e obrigada por chegar até aqui? ❤️
25.7.23

Esse ano comecei a comprar livros para colorir para Sara e, para a surpresa de ninguém, acabou virando um passatempo nosso também. Acaba sendo um momento em que nos obrigamos a desconectar das preocupações do dia a dia para estarmos de fato presentes enquanto brincamos. Tentamos, a realidade nem sempre é essa por conta do esgotamento. Coisas da vida, etc, papo (talvez) para outro momento.

Pintar (via apps) foi algo que me salvou muito nas longas horas de amamentação dos primeiros dois meses da pequena, principalmente nas madrugadas. Depois acabou se tornando de certa forma um regulador de humor nos momentos em que eu não dava conta do caos mental-emocional e precisava me regular. A gente vai usando as ferramentas que tem enquanto pensa no que realmente precisa fazer. Também é papo (talvez) para outro momento.

Eis que na véspera das minhas férias cogitei que aproveitaria para arriscar essa pequena dose de terapia com as tintas guache da Sara que até então estavam escondidas pelo bem das nossas paredes, móveis e roupas. Não, não sai tão fácil assim da roupa.

Nessa última semana de férias, quase correndo o risco de esquecer completamente da ideia por preguiça ou falta de ânimo, vi um post da Emi com algumas pinturas que ela fez e – obrigada! – me senti completamente engatilhada. Precisava testar isso nem que fosse para descobrir que a minha paciência funciona apenas com aplicativos. Pois bem.

Felizmente afetada pelo sol – não sou uma pessoa de dias nublados – aproveitei a energia de quem cedo resolveu levar a filha a pé para a creche (e quase morreu no processo pois sedentária) e a inspiração que tem me feito #postadeirah nesses últimos dias para me entreter com tinta. Deveria ser a tinta que compramos para terminar de pintar as paredes de casa mas não tão inspirada assim.

Como contei com a péssima memória das ferramentas que tinha, precisei apelar pela criatividade (ou seja lá o que for isso) para não desistir já na primeira pincelada. Aparentemente subestimei a escolha do livro tão cheio de detalhes, os pincéis grosseiros e a minha habilidade (risos). 

Ainda assim, sem grandes reflexões, gostei da breve experiência e terminei com vontade de tentar isso com a Sara da próxima vez. A custo de que paredes-móveis-roupas não sabemos. Na pior das hipóteses ainda tenho tinta (de parede) pra usar e técnica de retirada de manchas para aprender.

claramente pensando: o que diabos vou fazer com isso?

#artistah

Não sei que loucura me acometeu esse ano a ponto de achar que seria uma boa escolha parar com o blog. Setembro fará dezesseis anos que compartilho o quão corrida e cansativa a vida é (risos). Dezesseis fucking anos. Definitivamente não nasci para ser low profile pois claramente faladeira demais. Ainda bem. 

Muita coisa se perdeu, excluída seja lá por qual razão, e tudo bem. Assim como muita coisa ainda se mantem aqui. Pedaços da vida acontecendo. O lado bom de geralmente me agarrar na ideia de que, mesmo que aquilo não me pertença mais, em algum momento pertenceu e foi sincero. A vida muda né? Faz parte, etc etc etc.

Tudo isso para, depois de divagar correndo o risco de perder o foco, dizer que agora a pouco parei para revisitar posts antigos e gargalhei gostoso ao ver as primeiras fotos e expectativas – eu conto ou vocês contam? – de quando nos mudamos para o cafofo aonde vivemos já tem cinco anos. 

Nos mudamos no final de março, em 2018, e um mês depois saiu o primeiro post com fotos da casa.  Alguns móveis novos, outros usados, a inocência de quem acreditava que gambiarras e acabamentos seriam resolvidos na sequência. Gargalhei porque os fios expostos da TV que tanto me irritavam, foram devidamente escondidos esse ano. Cinco anos depois. Gargalhei porque os acabamentos da fechadura da porta da cozinha foram instaladas também cinco anos depois. 

Pouco mais de um ano depois fiz outro post com fotos do cafofo, em julho de 2019. Algumas coisas já tinham sido resolvidas. Escrivaninha nova, guarda-roupa no lugar da arara, uma pia para o lavabo, entre outras coisas. A casinha foi tomando forma sem termos a menor ideia de que tanto ainda ia mudar e tantas outras coisas iriam demorar para acontecer. 

A cama fomos trocar acho que só ano passado, não só pela fortuninha que é mas porque existência de Sara fez muita coisa nessa casa mudar. Ainda dou gargalhadas quando lembro do meu desespero com o atraso na entrega do berço para a bonita dormir nele uma única noite. Vivendo e aprendendo. 

A prateleira para organizar temperos? Não sei nem aonde foi escondida e até hoje aguarda a promessa de que irá para a parede completar o visual da cozinha e nos agraciar com a praticidade de ter temperos por perto na hora de cozinhar. 

Depois acho que fui atropelada pela vida (vulgo maternidade) e não houveram mais atualizações sobre essa casinha por aqui. Resumidamente, berços foram doados, móveis foram utilizados como barreira para bebês curiosos e depois foram desbravados, outros móveis foram remanejados para a varanda para dar espaço a mais roupas, fraldas, brinquedos e tantas outras coisas enquanto outras aguardam o momento certo para serem reutilizadas. Paredes foram pintadas e outras aguardam finalização enquanto aproveitam a belíssima companhia de fita crepe (espero que ainda saia).

Tempo depois que voltei a trabalhar no escritório perdi minha escrivaninha para o Toni, que se mantem até hoje home office. Os livros foram subindo de andar nas escrivaninhas conforme Sara foi crescendo e se tornando uma criança muito atentada curiosa. Outros tantos cacarecos foram escondidos em caixas e é toda uma luta para lembrar aonde a Barbara e o Toni do passado acharam que seria óbvio que a Barbara e o Toni do futuro achariam com facilidade. A sala virou um grande caos playground e desisti do tapete de vaca. Pelos bovinos e brinquedos demais, simplesmente aceitei a estética caótica de uma casa com criança pequena. Ainda bem.

Finalizo então esse post que me desbloqueou tantas memórias gostosas e engraçadas com registros fresquinhos desse canto que mesmo caótico é lar e tanto me faz feliz. 


❤️

busca