Aproveitei essas férias para passar uns dias na casa da minha mãe, em Imbituba. Ela morava em Erechim/RS e, como se aposentou, veio morar nos lados de cá. Aproveitamos para matar a saudade e fugir da rotina sempre que dá, geralmente no espaço curto de tempo de um final de semana. Dessa vez, um pouco mais.
Pegar estrada é algo que me faz bem. Achava que era pelo simples fato de gostar de viajar. Hoje, tendo um pouco mais de noção de como funciona essa cabecinha aqui, suspeito que seja pela possibilidade de pensar sem a urgência de resolver algo na sequência, ciente de que não tem muito o que se fazer além de esperar chegar no destino escolhido. Feliz é a Sara que aproveita para dormir, algo que só consigo fazer no caminho de volta para casa, ou avisar quantos bois encontra nos pastos de beira de estrada.
A casa é uma graça, tem muito da minha mãe em cada canto e me enche de alegria vê-la enfim podendo desfrutar desse sonho. Enfim perto da praia, no município que ela nasceu e cresceu, cada canto tão cheio de história. Tudo vira recordação. Já Sara, sendo a única neta, se diverte com a liberdade que tem lá. Com todos os mimos que ganha, claramente a pessoa mais mimada da casa. Acho fofo.
Lá tudo é oportunidade para tomar uma taça de vinho, o que muito me alegra, e também é um lugar onde tento me permitir brincar com as roupas que tenho e que geralmente seguem esquecidas no fundo do armário. As roupas de academia (mesmo não indo treinar) e as roupas de casa-pijama parecem escolhas óbvias demais para serem substituídas. Sinto falta das escolhas não óbvias.
Como não somos tolos nem nada, lá aproveitamos também para terceirizar algumas tarefas para vovó e dinda. Seja por necessidade de descanso, seja porque é gostoso demais vê-las cuidando da nossa filha. Uma mistura bacana das duas opções, tranquilamente.
Na última visita a dinda foi escolhida pela Sara para ficar encarregada das trocas de fralda e de servir mamão. Alguém estava determinada a acabar com todos os mamões da casa e ficou chateada quando na reposição ainda precisou esperar o danado amadurecer.
Já quanto ao colo-chamego, bom, preciso nem dizer nada né?
Fun fact. Antes de pegar estrada rumo a casa da mãe, fui em uma consulta médica e sai de lá com uma porção de exames para fazer. Apesar de não aguentar mais ouvir minha irmã falar que estou #inflamadah, que provavelmente tenho os mesmos problemas que ela, etc etc etc, resolvi solicitar exames para investigar isso de uma vez. De brinde ainda sai da consulta com a suspeita de ter TDAH, o que bizarramente fez muito sentido. Eu já tinha decidido procurar um psicólogo (antes tarde do que mais tarde) e agora a curiosidade intensificou ainda mais a minha necessidade.
Obs (i): Antes que soe esquisito demais uma consulta de rotina – que durou cerca de uma hora para mais e eu nem notei – terminar em suspeita de diagnóstico, essa médica me atende desde que eu tinha o tamanho da Sara (faz tempo) e reforçou a importância de procurar um profissional da área. Acredito que a informação não caiu no meu colo assim do nada, de graça. Vamos aguardar próximos capítulos.
Obs (ii): Maninha, te amo sabe? Só não estou pronta para abandonar meus queridos laticínios ainda. Os vídeos sobre inflamação estão me deixando em situação de #doidah.
Obs (iii): Indicação de terapeuta, alguém? Estou #precisadah.
A quem interessar saber: Imbituba é um município que fica no litoral sul de Santa Catarina. É considerada a capital nacional da Baleia Franca. Já Gamboa é uma praia, do município do Garopaba, também litoral sul de Santa Catarina. Faz parte da APA - Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca.
Da casa da mãe fomos para a casa do meu padrasto Beto, na Gamboa. Surgiu a oportunidade de passear com um quadriciclo, algo que tinha feito uma única vez há mais de dez anos, e não sabia se estava animada e/ou em pânico com a possibilidade. Suspeito que os dois.
Para alegria de Sara lá tinha muito mamão maduro e ela pode matar a sua vontade sem grandes problemas. Os pais ficam imensamente felizes porque assim não tem intestino de criança que ouse ficar desregulado. Pais em processo de desfralde dos filhos vão entender o que eu digo.
Fora de temporada o movimento por lá é baixíssimo, o que muito me agrada. Enquanto passeávamos por lá trocamos um bom dia e boa tarde com alguns moradores, provavelmente nativos, e enfim matamos a curiosidade de ir no balanço que instalaram tem um tempo no mirante. Gargalhei quando a Sara ralhou com a dinda por ser a vez dela na brincadeira e a dinda demorar para sair.
Aleatoriedades
- O belo momento de luxo na banheira durou pouquíssimos minutos porque Sara estava determinada a fazer o oposto do que pedíamos e, com medo da pentelha gripar, tivemos que sair.
- Alguns turistas cismaram que uma pedra no meio do mar podia ser um foca ou uma baleia. Achei ousado pela distância e tamanho mas fiquei quieta porque geralmente soo como doida e não estava afim de receber em troca caras feias.
- Dias atrás resolvi fazer aquelas pesquisas nada científicas no TikTok, naquela mesma energia de quem não entende nada de astrologia mas pesquisa o horóscopo do dia porque vai que dessa vez faz sentido, porque cismei que o Toni poderia ter algum transtorno a julgar por algumas diferenças nossas – com base única e exclusiva, vozes na minha cabeça. Nessa grande busca (risos), me identifiquei com várias características de quem tem TDAH e, claramente confusa, desisti de continuar com a pesquisa. Corta para a minha surpresa na consulta que citei nesse post, sendo que eu não tinha comentado nada para a minha médica. É, aparentemente a neurodivergente sou eu.
- Queria ter levado meu casaco novo extremamente rosa para ser Barbie em situações completamente aleatórias mas errei feio a expectativa de temperatura e não só não fui Barbie como passei frio.
- Mensagem do padrasto depois que saímos de lá, em uma outra visita, fevereiro desse ano:
***
É, aparentemente a pessoa que tentava fazer posts curtos morreu e foi substituída por uma que não sabe mais a hora de parar.
Desculpa a manutenção estamos em transtorno e obrigada por chegar até aqui? ❤️