Agosto meteu 23 dias em 10 minutos, essa foi a sensação dos lados de cá. Os primeiros cinco dias foram basicamente despedida das férias e depois disso fui engolida pelo caos corporativo novamente. A diferença é que dessa vez a angústia do retorno não durou muito e logo fui agraciada com mudanças significativas. Apesar de ainda estar até o pescoço com demandas, sinto que aos poucos vou tomando o controle da situação novamente e isso, meus amigos, me dá paz.
As vezes eu queria ser menos perfeccionista-metódica-chata quando o assunto é trabalho — ia usar a palavra workholic mas peguei ranço e não pretendo romantizar tanta tomação de cy — porque não saber entregar as demandas do jeito que dá me deixou bem da maluca no período que precisei lidar com a ajuda de outras pessoas para dar conta.
Não é porque é óbvio que é fácil colocar algumas obviedades da vida em prática. A grande ironia é sofrer por achar que preciso dar conta de tudo e ao mesmo tempo ter como o motivo do meu colapso descobrir que quem te ajuda dificilmente fará o serviço como você ou terá o mesmo empenho e preocupação.
Poderia dizer que sou apenas chata e não me preocupo com o que os outros pensam mas, quem diria, quando o assunto é trabalho eu me importo sim com a imagem que criei do que eu entrego e não espero menos do que manter essa imagem. A custo da minha sanidade, aparentemente. O louco disso tudo é ter meu trabalho e entrega validado, reconhecido e tudo mais e, em vez de respirar, me sentir ainda mais maluca pra manter isso. Por que a gente é assim? 🤡
Desabafos a parte, ainda bem que coisas mudaram e agora posso voltar a ser chata sem enlouquecer tanto com o resultado. Não porque diminui o critério da minha entrega — só os deuses sabem o tanto de terapia, evolução espiritual, sei lá vou precisar pra não me importar tanto — mas porque agora quem tem me auxiliado nessa rotina doida é tão chato quanto eu. Amém malucos CLT podendo trabalhar juntos.
Administração por amor, risos.
Queria há um bom tempo desabafar mesmo que muito resumidamente sobre essa parte da minha vida e rotina que me deixou bem da maluca. A gente vai equilibrando pratinhos né, tem boletos para pagar, etc.
E tudo isso também pra dizer fui tão engolida por esse mês que não fotografei mais nada assim que voltei a trabalhar. Últimas três semanas de muito trabalho colocando as coisas em ordem. Não li muito por conta do cansaço e porque não dei sorte nas últimas escolhas (se fosse livro físico o último que li eu ateava fogo de tão irritada que fiquei, queria poder desler). Projetinhos iniciados nas férias foram pausados, acho que nem toquei no tablet, mal liguei o meu computador. Não vi o mês passar.
Ainda que muito cansada, lidando essas últimas semanas com coisas bem adultas e burocráticas desalinhadoras de chakras e potencializadoras de ansiedade, estou me sentindo bem e leve como não me sentia já tem bons meses. Aquele respiro pós apocalíptico, sei lá.
Enfim né, desabafos e essa coisa de falar e não dizer nada (mas já mais tranquilinha porque na minha cabeça fez sentido e serviu o propósito). A vida sendo maluca mas sempre boa.
Espero logo conseguir desanuviar a cabeça pra subir o tema do mês da blogagem coletiva (muito feliz que o grupo está crescendo), conseguir sentar com calma pra responder os comentários que vocês fizeram nos outros posts e visitar os seus cafofos virtuais também. Espero que outras coisinhas se desenrolem logo pra eu poder tomar os próximos passos e com isso poder trazer pra cá também. A vida acontecendo etc.
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