Fui olhar na agenda, meio perdida já no espaço-tempo das coisas, pra saber que dia finalizei o expediente em pronto atendimento oftalmológico depois do lado direito do meu rosto começar a inchar por causa de um terçol, que dia precisei marcar uma consulta de emergência depois de uma crise do que parecia ser labirintite que fez parecer que eu havia emborcado uma garrafa inteira de wisky sozinha. Tudo isso enquanto minhas mãos estouravam em bolha. Disidrose, de acordo com o google, que podem ser desencadeadas quem diria por estresse. Última semana de Outubro, primeira semana de Novembro.
Tive que ouvir da Sara, depois que a pequena se acalmou e viu que a mãe não ia desse plano pra outro, ao me ver despejando a alma no banheiro enquanto não conseguia andar (e muito menos em linha reta), que eu fiquei doente porque como porcaria demais. Diferente dela que come as porcarias dela mas que também come muitas frutinhas e comida. Toni me olhou com aquele sorriso de quem diz não sou eu que tô falando. Concordei com ela, e nem tinha como discordar, naquela mesma semana cheguei a almoçar um tubo de salgadinhos.
Ainda ontem sobrevivi ao expediente trabalhando em casa, no puro breu com tudo fechado e apagado, e usando óculos escuro para conseguir seguir com as demandas do dia na frente do computador. Aparentemente abstinência a café pode te dar uma enxaqueca colossal com doses catastróficas de sensibilidade a luz. Café que precisei cortar enquanto tentamos descobrir qual problema no labirinto pode estar desencadeando essa desorientação toda. Terminei a semana tendo que escolher entre diminuir a vertigem e sofrer com a enxaqueca ou diminuir a enxaqueca e sofrer com a vertigem.
Outubro foi um mês de muitos incômodos e decisões. Apesar da alegria do que está por vir, muita coisa tirou minha paz. Descontei muita irritação na alimentação já que me acalmar com um malborinho vermelho deixou de ser realidade por aqui há mais de uma década.
Quem diria que negligenciar nossa saúde física e mental poderia nos levar ao colapso? Absolutamente todos os médicos.
Detalhes da casa nova foram encaminhados e muito tempo e energia foi direcionado a isso. Tentei aproveitar tempo de qualidade entre família & amigos e decidi que quero viver isso mais vezes, quero que faça parte mais presente e frequente das minhas memórias. Aproveitei muito da rotina de leitura para abafar as agitações do dia a dia. Ri, mesmo que amargamente, por concordar com muitos dos day at a glance do Co Star.
A vida segue o ritmo dela mesmo que a noite de sono tenha sido uma grande bosta, que a chuva caia assim que você coloca o pé na rua, que coisas estraguem quando tudo o que você menos precisa no momento são mais gastos, mesmo que a frustração te faça repensar as migalhas que a gente aceita, que o medo tente confirmar os próximos passos. A vida segue o ritmo mesmo assim.
Deixo aqui registros desorganizados, fora de ordem cronológica, pra combinar com o caos que foi Outubro.





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