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22.12.22

Fugindo de vacas

 


Pra quem não sabe, eu morro de medo de vacas-bois-bovinos. Resquício da vez que me falaram vai confia que a vaca não vai te fazer nada  e a vaca correu atrás de mim. Então, apesar de amar me meter no meio do mato, eu sou cagona sim. Pois bem.

Toda vez que vamos para o sítio a gente se mete no mato, toda vez. Virou ritual e mesmo com um eterno receio — lá sempre tem gado — eu tô sempre chamando o excelentíssimo pra passear. Acho que usar o Toni como barreira já me passa segurança suficiente. Desculpae mozão.

O grandíssimo problema acontece quando minha barreira, que sempre esbraveja que as vacas são mansas, me larga um anda corre pula a cerca. Gente, pelamordedeus? O abençoado quase arremessou a Sara em cima de mim enquanto eu tentava passar por baixo da cerca. Eu quase me mijei nas calças. 


Sara deu gargalhadas. Achou engraçado não conseguirmos voltar para terreno, achou engraçado nos enfiarmos mato desconhecido adentro na esperança de voltar para casa. Sara achou engraçado toda vez que o pai escorregava, caiu papai caiu. Achou engraçado toda vez que eu ria de absoluto nervoso quando ouvia uma vaca mugindo em tom de ameaça — juro que na minha cabeça era nesse tom — de sabe-se lá aonde mas muito provavelmente de dentro do terreno que desbravávamos. Vizinho, desculpa a invasão. Foi por legítima defesa e desespero


Vivos mas a que custo conseguimos chegar na estrada e precisei registrar o momento com nossa clássica foto. A aventura deixou a pequena faminta que não perdeu tempo ao ver a caixa cheia de bananas.


Assim fechamos Setembro, fugindo de vacas. 

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