adoro a capacidade da minha cabeça de desbloquear interesses e torná-los novas obsessões, mesmo que a vezes temporárias. como agora que aparentemente estou obcecada por, de acordo com a minha irmã, hard techno (para meu absoluto choque) e, mesmo desbravando algumas playlists, o play se repete violentamente numa versão de vielleicht vielleicht.
nem sabia que era possível trabalhar ouvindo hard techno e outras variações mas tá rolando demais (quem diria pra quem geralmente faz isso ouvindo heavy metal). e não nego nem confirmo que cheguei a imaginar sara no futuro gostando e eu tendo desculpa pra ir (e levar ela), risos.
a minha versão de mãe preocupada e protetora (talvez) não deveria imaginar isso mas a versão realista sabe que essa criança vai viver muita coisa quer eu queria ou não e me restará orientar muito (e ir junto quando der hihi).
outras que fiquei dando repeat também:
como fui da skin que se é chamada pra sair quer saber se tem aonde sentar pra pessoa que se imagina numa rave? grandes questões (minhas personalidades que lutem).
edit: a quem interessar montei uma playlist e que tocou aqui a semana inteirinha (completamente perdida na personagem).
***
esse post era pra ser mais uma versão de vozes aleatórias da minha cabeça mas tudo o que fiz essa semana foi trabalhar muito e em casa com uma criança doente (mas com energia de quem não estava doente). então estou monotemática.
estamos há um total de zero dias sem dormir bem e em uma dessas madrugadas pós nova obsessão desbloqueada me peguei pesquisando prompts pra transformar uma foto minha numa versão dark de cyberpunk porém, como podem ver, chat meio que pesou a mão e parece que cai num tonel de piche radioativo.
como uso a versão gratuita do chat preciso aguardar algumas horas pra dar uma melhorada nisso ai. eu só queria uma imagem bacana (e menos macabra) pra minha playlist sabe?
***
irmã esta alucinada por eu ter desbloqueado essa nova personalidade e fiquei muito feliz dela ter aprovado a minha playlist.
espero que o spotify não tenha limite de músicas por playlist porque aparentemente irmã já espalhou a notícia e tem amigo mandando vários indicações (estou salvando tudo).
não satisfeita (e completamente eufórica) está inclusive pensando em que evento poderia me arrastar pra ver se a personalidade aguenta o tranco. será se vem ai? tenho nem roupa pra isso (apesar do algoritmo da outra rede já me dar algumas ideias).
***
mudando um pouco de assunto mas não muito, umas das melhores decisões que acredito ter tomado nessa vida é a de não me sentir na obrigação de me encaixar em nenhuma caixinha. quando era mais nova lembro disso me incomodar, essa necessidade imposta pelas pessoas ao nosso entorno de nos encaixarmos em algumas regras do que se deve gostar.
quando a gente é jovem quer pertencer a alguma coisa né? um grupo, uma panelinha, enfim, alguma coisa. e a própria ingenuidade, afinal o que a gente sabe da vida, nos mete em muita enrascada.
se você é team rock então deverá escutar apenas determinadas músicas, usar determinadas vestimentas. se não souber a discografia completa de um artista, deus me free, você não tem carteirinha de fã. isso me deixava irritada demais.
já fui a adolescente tentando ser patricinha, a jovem ameaçada a perder a amizade se não fosse numa balada (o que foi bem traumático na época porque eu fui — e eu já era considerada estranha na época, ainda bem).
enfim, tentei me encaixar em um bocado de caixa como se fosse escolha única sabe? o que é bem do cansativo porque os gostos mudam e, pra ser sincera, as relações com quem te impõem a caixa duram muito pouco.
então quando eu decidi (e aceitei) que quem dá e tira a minha própria carteirinha sou eu e que, graças a isso, posso escolher o que eu quiser... o alívio sabe? precisa fazer sentido só pra mim mesmo. a vida fica muito mais leve quando a gente complica menos as coisas, quem diria?
e isso de gostar das coisas serve pra tudo. pro que a gente veste, escuta, assiste, os lugares que a gente se permite ir... as amizades. assim como seu par não precisa ter todos os absolutos gostos iguais, seus amigos também não. e isso, minha gente, dá uma liberdade pra viver imensa.
se o algoritmo dá conta dos meus gostos (divertidamente aleatórios), quem é o alecrim dourado na fila do pão pra decidir o que eu devo ser, não é mesmo?
***
agora, realmente mudando de assunto, como que lida com a ansiedade pré mudança? louca pra pegar as chaves do cafofo de uma vez e poder começar a encaixotar os cacareco tudo. socorro.
achei que ia ser mais sofrida essa coisa de ir me despedindo da casinha em que moramos — eu realmente gosto muito daqui, muita memória afetiva envolvida — mas parece que já caiu a ficha do novo lar e com isso vem toda a euforia que envolve mudanças na vida.
tô animada, ansiosa. cabeça pipocando de ideias e preocupações também, afinal, muitos gastos pela frente.
vamo que vamo.
✨
esse é só mais um compilado aleatório de pequenos grandes acontecimentos e vozes da minha cabeça nesse querido espaço-tempo. relembrando a energia dos meus diários físicos de adolescente mas sem me dar o trabalho de colocar o cadeado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário