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28.1.24

NOVEMBRO, 2023 — Uma vida inteira em um mês? O tanto de coisa que eu lembrei revendo as fotos do mês. 

O dia que eu inventei de ir para o trabalho com uma calça clara recém comprada e meu colega resolveu ser um bom momento para cometer arremesso de café (sai ilesa, a minha agenda não). O dia que fomos em um evento aberto de chopp e encheram o espaço de brinquedos SEM ninguém para controlar (perdi as contas de quantas vezes infartei). O dia que resolvi testar o meu novo óculos de 30 dinheirinhos que comprei com outro propósito e acabou assumindo o propósito de ser só um óculos mesmo pois me senti gata (e porque o tal do propósito envolvia Halloween, perdi o timing). 


Fomos no chá de bebê do Kadu e Sara não queria mais largar a decoração. Sobrinha fez 6 anos e as bonitas aproveitaram o evento aniversário para usar as fantasias que ganharam no dia das crianças. Resolvi testar vídeo dos lookinhos, na esperança de aproveitar melhor as minhas roupinhas, e falhei miseravelmente (os que vi no tiktok me fizeram sonhar). Sara espoletou muito pelo bairro nos finais de semana ensolarados. Sara também viu a dinda comer mamão de colher e aparentemente quer fazer isso para todo o sempre. Mais uma vez falhei ao passar filtro solar, queimei feio as minhas pernas e terminei o dia de trabalho sem calcanhar (boatos de que estava em estado de insolação, não indico). 

Minha irmã mora com a minha mãe e é muito massa quando os planetas se alinham e conseguimos reunir todos no mesmo espaço-tempo. Apesar das duas morarem juntas, a bonita tem seus compromissos de jovem namorada e nem sempre nossas agendas se encaixam. Pois trate de liberar espaço nessa agenda ai senhora. 

Novembro rolou alinhamento dos planetas das três estarem tranquilinhas e aproveitamos o final de semana para cometer preguiça. Foi gostosinho demais. Mari descobriu pelo Toni que ainda não tinha assistido a última temporada de Outlander e aproveitamos a situação para rever pela milésima vez. Sara foi feliz ganhando muito colo e chamego, porém protestando pois queria ver desenho (estava na hora da soneca). 

Outra coisa que envolve alinhamento dos planetas sorte é uma mãe ser fotografada. A minha por exemplo passou de fotógrafa para modelo depois que ganhou uma neta e passou a compor o mesmo cenário fotográfico. Eu que virei mãe fui promovida a fotógrafa e consequentemente só apareço nos registros que eu mesma faço. Já nesse belíssimo final de semana em questão fui agraciada pelo alinh pela vontade da minha irmã de testar uns filtros na praia. 

Pensamentos soltos / Aleatoriedades / [ainda não decidi do que chamar essa parte do post]

  • Evento com brinquedo livre ao público sem alguém para controlar, é, muita inocência dos organizadores do festival em acreditar só no potencial dos irresponsáveis pelas crianças francamente. FOI O MAIOR CAOS. Sara queria ir nos brinquedos infláveis mas sem a menor condição porque parecia ter mais de vinte fucking crianças de diversas idades pulando uma em cima da outra no maior frenesi. Só para terem ideia, aqueles infláveis bem grandões com escorregador etc esvaziavam sozinhos de minuto em minuto porque não davam conta das crianças. O BRINQUEDO NÃO DAVA CONTA. No único inflável que a Sara brincou muito pouco, depois que ela saiu, achei sangue na roupa dela e o sangue não era dela. oiturubom?

  • Não adianta você vender um rim para comprar um Rayban se você não lavar o desgraçado depois da praia e achar que tudo bem lembrar do óculos um ano depois dele ter se desintegrado no armário. Corta para Outubro eu comprando um óculos em loja de fantasia para participar da trend amigos-vestidos-de-fantasma ou seja lá como chama a trend mas Tay e eu nunca chegamos na parte de comprar o lençol branco então ficou por isso mesmo. Como eu estava sem limite no cartão no modo econômica resolvi testar o óculos de 30 dinheiros no final de semana e gostei. Provavelmente pelo bem dos meus queridos olhos ainda terei que comprar um óculos melhor. 

  • Toda vez que eu lembro do mamão de colher que Sara está viciada lembro de duas situações: 1) a vez que ela não quis esperar a gente e tentou resolver o problema por conta própria (compartilhei esse momento no fim de outro post aqui no blog) e 2) a nossa última ida para a Gamboa em Dezembro que a bonita comeu sozinha um mamão formosa imenso (e gastou umas três fraldas nesse dia). Gratidão pela regulação intestinal.

  • Não consigo entender o fato de eu continuar falhando em passar filtro solar no corpo. Não acerto uma mísera vez peloamordedeus. E isso estou falando das vezes em que eu me besunto inteira. Nessa última foi cagada mesmo, esqueci das canelas. PORÉM, ainda assim, me expliquem isso:

Depois desse belíssimo registro o vermelho virou roxo e a ardência virou uma dor lazarenta. Terminei o dia seguinte pós expediente SEM CALCANHAR¹ devido a belíssima insolação que me acometeu. Parabéns Barbara, nota zero. 

¹ Pouparei vocês do registro do calcanhar mas caso queiram imaginar é um pouco parecido com pé de gestante pouco antes de parir (não indico pesquisar no google). 

OUTUBRO, 2023 • Imbituba — Sara pede para ir na casa da avó materna. Até ela, nos seus humildes três anos e poucos, sabe todas todas as alegrias que a casinha da avó proporcionam. Espaço, liberdade, muita paparicação da vovó. 


Uma coisa que acho muito interessante na casa da minha mãe é o fato de que lá o clima não é impeditivo para aproveitar a visita. Pode estar ventando bastante (o que acontece com frequência) ou estar chovendo (o que foi o caso quando pegamos estrada) que ainda assim conseguimos aproveitar. Lá Sara tem mais espaço que em casa. Brinca, rola, mata a saudade de alguns brinquedos, faz bagunça com água. Lá até a banheira da vovó vira diversão. A criança gasta energia e os pais descansam na media do possível. Como ela diz:

— Lá na casa da vovó adiana é difelente né? Eu gosto. 


A memória que eu tenho olhando esses registros é que nessa visita voltamos para casa bem relaxados. Posso estar confundindo com outro final de semana? Posso, mas vou fazer de conta de que foi nesse mesmo. Arrisco dizer que foi uma das poucas ocasiões em que Toni e eu conseguimos curtir a banheira por bastante tempo. Geralmente ficamos pouco tempo porque convencer a Sara a não ficar com o peito gelado fora da água exige demais da nossa paciência. Também podemos fazer de conta de que a arte da Sara de fazer exatamente o oposto do que pedimos seja um meio de nos salvar da coceirada que nos dá no corpo quando ficamos tempo demais de molho. Maracujazinhos de gaveta. 

Outra coisa que me pego pensando com uma certa frequência, as particularidades da minha infância e da infância dela. Costumo brincar que na vez da bonita ser criança tem jacuzzi na casa da vovó enquanto na vez da mamãe eu voltava para a casa com bicho do pé. Sem grandes filosofias de vida nessa parte, a gente fica feliz de poder proporcionar certos luxos materiais mesmo. 

Já filosofando um pouco mais, noto que outras coisas que tive (que não são coisas) talvez ela não tenha. Acho que não da forma que eu tive. Aquelas reuniões familiares, com a família toda, tios e primos para todos os lados. Confesso que hoje adulta, tenho pavor desse amontoado de gente num espaço só, por maior que seja o carinho que eu tenha pelos meus familiares. Mas tenho recordações gostosas enquanto criança no meio dessa muvuca familiar. 

Hoje graças ao evento morando no mesmo terreno que sogrinha a Sara tem contato com as primas, tios e avós paternos com bastante frequência. Porém o evento festas familiares com a casa cheia são bem raros. 

Dá para dizer que a infância dela será melhor ou pior que a minha? Não. Estou apenas divagando para chegar em lugar nenhum. Até porque são três décadas de diferença, contextos diferentes, realidade financeira diferente, e por ai vai. O que eu interpreto na minha adorável ignorância? Fui feliz pra caramba e observo que ela está sendo também.  

Enfim, divagações em um post que era para ser basicamente a visita que fizemos a minha mãe em Outubro. Consigo me visualizar fácil na terapia dando vários alt tab enquanto falo sobre situações ainda mais aleatórias. 

Alt tab


Apesar de eu ter consciência de que o que acontece no nosso dia a dia também é criar memórias, sinto que quanto visitamos minha mãe, vamos para o sítio ou fazemos qualquer outra coisa para além da rotina é que de fato estamos criando outras memórias. Aquela coisa de sair da rotina, se permitir desacelerar, viver sem hora marcada, sem tarefa por fazer. Sinto que nesses momentos desbloqueamos outras necessidades e desejos que a vida adulta bloqueia com tanta facilidade por conta das demandas do dia a dia. 

Alt tab

Eis que fez sol e dias ensolarados por lá nos permitem passear na praia. Como fora de temporada a movimentação por ali é basicamente dos moradores e a praia é absurdamente extensa, dias ensolarados nessa época significam uma boa faixa de areia para aproveitar com pouca movimentação de pessoas. Basicamente a minha receita para recalibrar o (meu) carisma. 

Gosto de ir para lá justamente para fugir da agitação e poder curtir o ar livre sem grandes surpresas. 


♥ / Alt 3
27.1.24

OUTUBRO, 2023 — O clima já mais agradável, não tão frio¹. Uma infinidade de selfies porque enfim me acostumando com o novo visual pós surto capilar e gostando. Arriscando outras combinações nas escolhas das roupas para ir trabalhar depois de alguns meses usando apenas blusão e legging (consequência de quando ia para academia depois do expediente). Mantendo outros rituais, olhando com carinho para a loucurinha do dia a dia. 

A Barbara do futuro nunca se arrepende da infinidade de registros que a Barbara do passado inventa de fazer. Nunca mesmo. 

Tia Tay resolveu fazer surpresa nos presenteando com pijaminhas novos ♥

A vidinha corrida de sempre. Basicamente todo dia é dia de alguma coisa. As vezes alguma coisa é descansar em casa em um domingo, passar o dia de pijama, descabelada. As vezes é dia de bater perna no shopping com a filhota e com a melhor amiga. As vezes é dia de comer lanchos sem culpa. As vezes é dia de levar a família para o dentista² para fazer limpeza nos dentes. 


Não me recordo se foi exatamente em Outubro, mas em algum momento decidi que precisaria acordar mais cedo para não me estressar no processo de café-arrumação que antecede a ida a creche e trabalho. Toni e Sara acordam numa velocidade completamente diferente da minha — a bichinha nasceu HD igual ao pai enquanto estou mais para a que acorda no modo SSD — e isso me deixava completamente doida da cabeça já cedo por não dar conta das coisas que eu precisava fazer enquanto precisava lidar com os dois em outro ritmo. Acordar mais cedo me ajudou a fazer as minhas coisas no meu ritmo respeitando também o ritmo dos dois. Assim, entre mortos e feridos, salvaram-se todos.  

Vejam bem, o humor da Sara (e o meu também) é absurdamente melhor pela manhã quando mamãe já está pronta tomando seu café e Sarinha pode tomar a mamadeira dela com calma com o pijama³ que é escolhido na noite anterior para já ser a roupa da creche do dia seguinte. 


Outubro também foi o mês que gastamos um rim com o combo do Burger King em homenagem a Jurassic Park. É simplesmente meu filme favorito da vida e não tinha como ser diferente. Sara se divertiu com nuggets dinossauros e eu ainda mais. Não nego nem confirmo que Tay e eu tenhamos passado mal após o lanche. 

O dia desse passeio também desbloqueou uma nova lista de filmes na cabeça da Sara e passamos basicamente quase todos os finais de semana seguintes reassistindo em looping o filme Monstros SA. Toni quase entrou em parafusos enquanto eu aproveitava para lembrar do filme quando a Sara não lembrava. Coincidência ou não, resolvi dar de presente para a Sara (e no fundo todo mundo sabe que é pra mim) uma pelúcia do Mike Wazowski.

¹ Em algum ocasião provavelmente explicarei nesse blog como fui da pessoa que amava o inverno para a pessoa que espera ansiosa pelo verão. 

² Provavelmente em algum momento, por conta da quantidade de fotos que tenho no celular, não encontrarei a fotografia que sinaliza a ida ao dentista e irei recorrer ao blog para descobrir se já está na hora de irmos novamente. 

³ Antes de eu lembrar que já fiz muito isso na infância — dormir com a roupa da escola (limpa, obviamente) para acordar pronta no dia seguinte — era a maior guerra convencer a Sara que ela precisava acordar e trocar de roupa para ir para a creche. Até o dia que aceitei que seria muito mais simples toda noite escolher um pijama que já seria a roupinha que ela iria para a creche no dia seguinte. Quanto a possíveis imprevistos que podem acontecer, na mochila dela sempre tem roupa extra. 

Os registros de Outubro ainda não acabaram mas esse post já está imenso. Achei melhor deixar os registros feitos na casa da minha mãe, em Imbituba, para outro post. 

[anotações que eu faria em um caderno de ideias, se eu tivesse um]

Ideias / Blog
Outubro, 2023
Casa de Vó

  • a alegria da Sara / liberdade; 
  • idas a praia são muito mais aproveitadas fora da alta temporada (sem expectativa a sensação é sempre de sucesso);
  • na vez da Sara ser criança a casa da vó tem uma jacuzzi (em casa a gente usa uma caixa organizadora que só cabe ela e não faz espuma);
  • talvez esteja frio demais ainda e a pequena com febre no dia seguinte te faça precisar trabalhar de casa 🫠

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