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21.9.25

Coisas que me fazem eu

E o título desse post peguei emprestado de um post da Arantchas. Uma preciosidade, vão lá ler. 

Acontece que eu fiquei encucada com esse negócio de escrever a página sobre mim nesse blog. Como que a gente se apresenta para os outros? Como que aquela meia dúzia de frases vai dar o menor dos resumos de quem a gente é? Fiquei encucadíssima. 

Por conta disso, resolvi começar a listar coisas aleatórias sobre mim. Não sei nem exatamente o motivo de eu sentir que precisava fazer isso. Além do fato de estar encucada. Sempre tem mais alguma coisinha né?  

Vou inclusive puxar um trecho do post da xis que resume a coisa da lista:

"todo mundo tem suas coisas, e de vez em quando é bom relembrar que elas ainda existem (ou existiram, enquanto faziam sentido). podem ser coisas bobas, podem ser coisas sérias, mas são coisas." 

Vamos lá. 
  • não confio muito no meu limiar de dor. eu com 10cm de dilatação respondendo questionário do hospital entre contrações e a doula falando para o obstetra que se fosse ela já estaria ao berros (pouco tempo depois sara nasceu). quando enfim comecei a vocalizar no parto (basicamente fiquei urrando mesmo), lembrei do filme Guerra Mundial Z (não perguntem) e isso me faz rir toda vez que lembro. 
  • quando criança fui parar no hospital depois de ser eletrocutada. com os pezinhos descalços em cima de uma poça d'água me apoiei num trailer ligado diretamente a um poste de luz. posso dizer que uma voadeira literalmente salvou a minha vida. 
  • perguntei para o body piercer se ia demorar muito pra ele furar meu tragus e ele me respondeu meio desconfiado que já estava inclusive colocando a joia (eu não senti). 
  • nunca fumei maconha (apesar de já ter vivenciado outras coisas 👀) e agora isso parece importante demais pra eu desbloquear aleatoriamente e não consigo decidir quando será o momento dos finalmente. 
  • arranquei a raiz da minha unha fazendo a cutícula porque eu não senti que aquilo não era mais cutícula (fiquei sem unha por alguns meses porque ela caiu e ela é meio torta até hoje). 
  • eu tinha um sonho recorrente. passava por um chafariz, entrando numa cidade abandonada e era perseguida pelo king kong. era muito cansativo. na 3a vez que o sonho começou, me irritei e sentei no chafariz de braços cruzados (lembro disso vividamente) pensando comigo ah não me nego a passar por isso de novo. depois disso o sonho não só acabou como não aconteceu mais. 
  • já deixei um pensamento intrusivo vencer e dei uma garfada na minha irmã assim que ela falou que não tinha medo de mim. 
  • única vez que me atrevi a (tentar) ler a bíblia foi por curiosidade depois de ler Eram os Deuses Astronautas? de Erich von Däniken. 
  • quando criança tinha mania de caçar rã a noite no sítio competindo comigo mesma pra ver se achava mais do que na noite anterior. fim de tarde fazia castelo para o máximo de insetos que apareciam na varanda. estraguei um pote imenso de bolacha do meu pai tentando pegar uma tarântula. todos muito vivíssimos, eu só gostava de tê-los por perto 👀 e logo depois voltavam para o mato. 
  • sinto saudades de tocar bateria e um dos meus arrependimentos de quando era mais nova é de nunca ter arriscado montar uma banda. 
  • quando parei de fumar, fumava três carteiras de Malboro vermelho por dia. decidi parar porque na época teve reajuste no preço e não sobrava dinheiro para o dogão da semana (meudeus as razões 😂) e comecei a acordar com tremedeira e ânsia (na época me pareceu menos relevante). só que até hoje não entendo como fumei até o último da carteira e simplesmente não fumei mais um mísero cigarro desde então, mesmo na época morando com fumantes. só porque eu decidi. é simples assim? eu posso só decidir as coisas? preciso testar mais essa teoria. 
  • as vezes eu percebo que tô sonhando e aproveito pra matar as vontades que não me permito matar acordada, como fumar os malborinhos que não fumo há mais de 15 anos. só é chato quando no meio disso preciso enfrentar demônios e eles não são fáceis de matar. ainda mas chato se eu não achar o cigarro que eu quero no posto de gasolina do meu sonho. complicado. 
  • apareci no treinamento de vendas da Mormaii (uns 15 anos atrás), era um processo seletivo pra uma loja que ia abrir aqui perto de casa. comprei uma alpargata e uma blusa florida. primeiro dia de treinamento o treinador: por exemplo, vocês acham que é isso que tem no guarda roupa dela? aposto que só tem blusa de banda e coturno (eu  🤡). corta pra muuuuitos anos depois, na empresa que eu trabalho hoje, chegando com uma calça jeans cheia de corações bordados. meu chefe me chama pra explicar algo e na hora que olha pra calça larga: nem adianta vir com isso que tu não engana ninguém. (novamente eu 🤡)
  • anos antes de me jogar na graduação de administração (aqui eu já tinha desistido de escolher o que fazer da vida), cheguei a cursar psicologia. na época fazia sentido. fiz algumas fases e gostava bastante. porém teve alguma cadeira que utilizava muito de dinâmica em grupo (algo que eu tenho pavor) e quando vi tinha desistido do curso. provavelmente teve outros motivos mas esse é muito vívido na minha cabeça 😂 
  • no que diz respeito a religião apenas fui batizada na igreja católica. fora isso não me aprofundei e nem tive proximidade com nenhuma vertente. ainda assim, algumas pessoas em momentos ainda mais aleatórios da minha vida já me falaram que eu tenho uma mediunidade-espiritualidade muito forte. mas nunca tive coragem de ir atrás disso não 👀 já achava esquisito demais pensar em coisas e elas acontecerem logo depois (apesar de ter sido muito útil pra fazer minha irmã não ir em muitos lugares quando mais nova). hoje eu quase não percebo mais essas coisas. e quando percebo fico em dúvida se é delírio ou sexto sentido. 
  • uma vez estava deitada com meu gato deitado em um dos meus braços. com o outro braço fiquei fazendo carinho na barriga dele até que ele se irritou e fincou os dentes na minha mão. como fiquei presa, única solução foi morder ele. depois disso nunca mais nos mordemos. 
  • suspeito que pessoalmente eu seja séria e prática demais numa conversa (por falta de uma expressão melhor pra explicar isso) porque na minha cabeça eu estou sendo normal (?) e simpática. até o toni na sequência falar credo achei que tu ia fazer a moça chorar e eu ficar assustada com isso porque eu SORRI!!!!1!1!! certa vez ainda postei no stories do instagram aquele meme do como eu acho que falei (barney) versus como eu realmente falei (trex em jurassic park) porque na minha cabeça é exatamente assim e um ex-namorado de muuuuitos anos atrás respondeu o stories: NUNCA O BARNEY, BARBARA, NUNCA O BARNEY!!!!11!!1 😂 o que me faz pensar que eu SEMPRE fui assim. 
  • acho que no geral tive uma relação bem de boas com a maioria dos meus ex-namorados quando jooovem — meu tio me chamava de namoradeira mas eu achava que ia morrer solteira porque cansava de namorar rápido demais, como se eu estivesse quebrada mesmo, indiferente emocionalmente (?) e confundia amizade com atração (?). e bizarramente como essa maioria eram grandes amigos chegava uma hora que eu só não queria mais seguir com aquilo e fim. talvez ninguém soubesse realmente o que estava fazendo e acho que não traumatizei ninguém (assim espero) porque são pessoas que, mesmo que raramente, ainda tenho algum contato e não parecem querer me atropelar. todos seguiram suas vidas, viveram novos relacionamentos, construíram suas próprias famílias. o que eu acho muito massa de acompanhar graças a internet. e percebo que alguns vibram positivamente da mesma forma quanto aos caminhos que a minha vida tomou. mas tem dois que eu atropelaria facilmente
  • também achei que eu era quebrada por muitos anos por não ser alguém que sente ciúmes e muita gente associava isso a indiferença emocional (?). fiquei mais tranquila (sentindo uns centavos de normalidade na minha cabeça) depois de entender que não é bem por ai. 
  • assisti o filme Sinais no cinema (2002) e desde então a mania de olhar o telhado das casas a noite segue firme e forte. se eu estiver em algum sítio provavelmente vou demorar alguns segundos olhando para um ponto no mato só pra ter certeza. 

pelamordedeus esse post já ficou quilométrico e tenho tanto na cabeça ainda. Memórias que foram desbloqueando enquanto eu escrevia... Vou inclusive postar hoje (sim, mais um post) porque não sei lidar com post programado. Ansiosa demais. 

Ei @arantxas, não só acho que vai vir continuação disso aqui como eu acho que deverias também viu? O tanto que eu ri escrevendo e lembrando dessas coisas. Bom demais.  

Sempre moleca, para o desespero da minha mãe.

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