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21.9.25

Dois centavos de caos (mental) antes da mudança

Cabecinha tem estado mais barulhenta do que o habitual. 

Apesar da vida CLT ocupar tempo considerável dos meus dias, parou de ser uma pedra no sapato e de ser uma grandíssima dor de cabeça como foi nos últimos meses. Um alívio, porque pensar em mudanças profissionais também me dá dor de cabeça, entre outros sentimentos muito incômodos. E não dá pra simplesmente jogar tudo pra cima e parar de trabalhar a cada dor de cabeça, não é mesmo? Os deuses entenderam guerreira, ao invés de herdeira. Acontece. 

Diante disso, muito tem se trabalhado, muito mesmo, mas o gosto disso agora é outro — passos mais próximos de realizações importantes — e muitas outras preocupações tem surgido. O custo das conquistas é alto, todo um peso financeiro e emocional. Bom desejar, batalhar para tornar as coisas reais, e também cansativo pra caralho. 

Logo vamos nos mudar, fazer de outro espaço nosso lar. 

Estamos ansiosos, um tipo de ansiedade que acredito que nem parir uma criança gerou na gente. Coisa de doido. 

Acho que a ficha irá cair mesmo quando pegarmos as chaves. Enquanto isso fica parecendo delírio coletivo. Não consigo listar as coisas que precisamos comprar, organizar. As listas ficam apenas no plano mental por enquanto. 

Muita coisa vai mudar nos lados de cá, na nossa rotina. Por isso ainda não retornei para a academia também, e sinto uma falta desgraçada. 

Parece um pouco aquela coisa do pós-parto quando dizem calma mãezinha (arrrgh) vai passar mas ai eu me pergunto quando???? porque eu preciso de um prazo, de data e hora sabe? Eu preciso me organizar. 

Sara vai ter um quarto pela primeira vez. Minha cabeça já visualizando como vai ser bacana não ver mais todos os brinquedos dela espalhados pela sala (todos é puxado), é só fechar a porta. Isso mesmo, nem vou ousar me iludir que a casa nova ficará intocável como se ninguém morasse nela. Deus me free. Só vou poder me dar um luxo de camuflar a bagunça eventualmente. Já acho ótimo. 

Só que tem outro detalhe, a criança dormiu a vida todinha dela do meu lado. Prevejo muitas madrugadas acordando pendurada na cama dela com o braço dormente na expectativa de tornar a transição menos traumática (pra ela no caso). Choooooices

E isso é só aqueles dois centavos de preocupações e pensamentos e ansiedades e euforia e... tudo isso e mais um pouco, que fazem parte do que vem por aí. 

Já olho para o cafofo que nos acolheu nesses últimos anos com o sentimento de despedida mesmo. Ansiosa para começar a encaixotar as coisas. 

As vezes abro o pinterest pra tentar visualizar a coisa toda. Escolher o que combina com a gente em tempos de tanta informação e possibilidades é loucura. Um pouco disso, um pouco daquilo outro. 

Nesse sábado resolvi passar a tesoura no cabelo novamente, começo a suspeitar que meus surtos capilares estão sempre envolvidos com mudanças internas, externas... 

Ia registrar o grande momento pós retorno do salão mas já cheguei descabelada (como sempre) e louca para voltar a dormir (um oferecimento virose round nº só deu sabe). Desisti de grandes produções e registrei o momento sem nem me dar o trabalho de tirar a pilha de roupas da frente esperando para serem guardadas. 

De alguma forma pensei em fazer o registro pra marcar a mudança e a despedida. Logo os registros na frente do espelho serão diferentes. 

Só depois disso levei a pilha errante para a sala e me permiti uma soneca antes do almoço. Outra depois do almoço também. 

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