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20.11.25

Deste o último post de leituras em Agosto, li mais alguns livros. A grande maioria achei muito bons, ainda bem. 

A leitura segue sendo firmemente meu maior hobbie, principalmente porque ainda não voltei a treinar (para o meu desespero) por causa da incerteza de quando de fato nos mudaremos (e de como meu ciático vai lidar com treino e a mudança) e o que isso vai mudar na rotina. Completamente ansiosa pra me mudar de uma vez e poder reestruturar meu dia a dia. Anyway

Vamos de post das últimas leituras. Não todos os lidos, mas os que gostei mais

  • Chestnut Springs

Ainda ontem terminei o segundo livro da série Chestnut Springs da Elsie Silver, Sem Coração #2. O primeiro, Sem Defeitos #1, eu já achei bom demais só que o segundo ele foi prazeroso num nível. Sem Coração foi o tipo de livro em que eu não consegui disfarçar as risadas enquanto lia. Sério, muuuuito bom mesmo. Aparentemente, romance entre cowboys e garotas da cidade entrega demais no entretenimento. Aprovadíssimo. 

Sem Defeitos (Chestnut Springs #1)

As regras são simples: manter as mãos longe da filha de seu agente e não se meter em confusão. Mas, bom, regras foram feitas para ser quebradas.

Sem Coração (Chestnut Springs #2)

Ser babá de um garotinho por alguns meses deveria ser fácil, o problema é que Willa não consegue tirar os olhos do pai dele e o pai dele não consegue tirar as mãos dela.

Chestnut Springs, pelo o que pesquisei, tem cinco livros e os três primeiros já foram traduzidos. Inclusive já peguei o 3º para começar a ler porque simplesmente bom demais. 

  • Silver Elite

Também li Elite de Prata, romance distópico da Dani Francis, e foi outra experiência muito boa, devorei em pouquíssimo tempo completamente obcecada. Me lembrou a sensação de assistir a sequência de Divergente só que com muita tensão ❤️‍🔥 envolvida. Aprovadíssimo também e ansiosa pela publicação da continuação. 

Elite de Prata (Silver Elite #1)

No Continente, poderes psíquicos são uma sentença de morte e há regras para conseguir sobreviver: Não confie em ninguém. Minta para todos. Se camufle em meio à multidão. Não importa o que aconteça, não se apaixone por seu maior inimigo.

  • Saga dos Sem Destino

Já os livros da Saga dos Sem Destino, da Danielle L. Jensen, são uma romantasia com universo inspirado na mitologia nórdica. O primeiro livro, Um destino tatuado em sangue, já conseguiu me deixar envolvida no primeiro capítulo e no terceiro eu já queria gritar de euforia de tão envolvida. Gostei muito do desenrolar da história. Porém, em Uma maldição cravada em osso, segundo livro da saga, a euforia que o primeiro proporcionou foi amornando. Ainda assim gostei muito da experiência. 

Vou deixar a sinopse (?) apenas do primeiro livro pra não tomarem spoiler. 

Freya passou a vida escondendo a magia que corre em suas veias. Abençoada com uma gota de sangue da deusa Hlin, ela é capaz de criar um escudo mágico que repele qualquer ataque. E, segundo uma profecia, quem controlar o seu destino governará todo o reino de Skaland.

Quando uma situação extrema a obriga a revelar seu poder, ela é forçada a se unir ao jarl Snorri, um dos líderes da região. Manipulada por homens durante toda a vida, Freya vai fazer de tudo para tomar as rédeas do próprio futuro. Ela só não contava com a presença enigmática de Bjorn, filho do jarl, que é o único que a enxerga como uma guerreira de verdade, ao mesmo tempo que desperta nela uma atração incontrolável… Se ceder a esse desejo, porém, Freya vai pôr em risco não só o próprio destino, mas a vida de todos que jurou proteger.


  • Famiglia Vitale

Ler Sangue e Promessa, da F. Locks, entregou todo o entretenimento que eu precisava depois da ressaca que Alchemised me deixou (logo chego nele calma aí). Como já tinha tinha lido uma outra série dessa escritora sobre moto clube — Night Reapers, que eu indico fortemente —, sabia que não iria me decepcionar com essa nova série dela sobre máfia. Não poderia estar mais certa, salvou demais da ressaca. 

Acho que eu já tinha devorado uns três livros dela quando descobri que moramos na mesma cidade. Basicamente gritei um MEUDEUS dentro de casa tamanha a surpresa. 

Sangue e Promessa: A ascensão de um Don

Fui prometida em troca de uma aliança entre a Outfit e Nova Iorque. Entregue ao Don. Um homem velho, cruel e poderoso. Mas ele morreu misteriosamente. E quem apareceu na minha porta foi o filho.

  • Alchemised

Esse livro me destruiu, meudeus. Alchemised, de SenLunYu, é uma adaptação da fanfic Manacled, também dela — em Manacled a história de Harry Potter se desenrola em um universo onde Voldemort venceu a guerra, todos da Ordem da Fênix morreram e os nascidos-trouxas foram escravizados (e temos Dramione). Alchemised é classificada como fantasia dark com elementos românticos e trágicos. 

Não cheguei a ler Manacled e fui direto ler Alchemised. Apenas com a noção resumida da fanfic, do final alternativo para história de Harry Potter e de um romance entre Draco e Hermione, mas caramba, eu não estava preparada para o que li. 

Realmente não brincaram quando falaram em romance intenso e trágico. O livro é pesado (física e metaforicamente falando), intenso, não tem gosto de final feliz. Derramei um bocado de lágrimas e terminei a leitura ATORDOADA. 

AMEI, ♾️ estrelas

Helena Marino é uma prisioneira de guerra ― e também da própria mente. Outrora considerada uma alquimista de futuro promissor, ela viu o mundo ruir e seus poderes se esvaírem quando seus aliados foram brutalmente assassinados. Após um longo e violento conflito, Paladia tem uma nova classe dominante, formada por guildas corruptas e necromantes depravados. Suas criaturas vis e mortas-vivas foram essenciais para a vitória na guerra, e o uso da necromancia se tornou o modus operandi. Os novos governantes mantêm Helena em cativeiro. De acordo com os registros, ela era uma figura de pouca importância na hierarquia. Mas, quando seus carcereiros descobrem que a memória da prisioneira foi alterada, surge a dúvida se o papel dela na Resistência era tão irrelevante quanto se imaginava. Talvez o esquecimento esconda algo poderoso, o gatilho para uma ofensiva derradeira. Para revelar o que as profundezas sombrias de sua memória ocultam, a mulher é enviada ao comando de um dos mais implacáveis necromantes do novo mundo. Aprisionada em meio a ruínas, Helena luta para proteger seu passado perdido e preservar os últimos resquícios de quem foi um dia. Mas o martírio está apenas começando, pois sua prisão e seu captor têm os próprios segredos… E ela terá que desvendá-los. Custe o que custar.

Sério, o livro é tãaaao intenso. Ele me deixou em um estado de desgraçamento mental daqueles, sabia que a ressaca literário ia ser grande. 

Indico de olhos fechados, vale demais a leitura mesmo. Pra quem tem estômago, porque né, ele é INTENSO — quantas vezes devo repetir essa palavra? grandes questões —, devastador, trágico, meudeus, leiam os gatilhos antes e boa sorte. 

  • Saga Powerless

Reckless, da Lauren Roberts, é o segundo livro da Saga Powerless. O primeiro (Powerless) li no começo do ano eu achei bom e só, mas o segundo me prendeu muito mais. Fiquei super envolvida com o desenrolar da história e definitivamente não estava preparada para o plot do final. Logo devo ler o terceiro livro. 

O reino de Ilya está em polvorosa. Depois dos resultados chocantes das Provas do Expurgo, das quais escapou viva por um milagre, Paedyn Gray, uma Comum, precisa lidar com as consequências de suas ações. O rei quer sua cabeça a todo custo ― se grudada no pescoço ou numa bandeja de prata, ela não vai permanecer em Ilya para descobrir. Mas, para isso, precisará correr na direção contrária à que seu coração deseja.

Não sei se dá para classificar como romantasia young adult, acho que sim (?) e não tem hot, pelo menos até agora. Só que a tensão que rola, pra mim, já entregou o suficiente. Gostei muito. 

  • Saga Lightlark

Li Lightlark #1 e Nightbane #2 (fantasia young adult) de Alex Aster e, acho que pela primeira vez, não consigo decidir para quem torcer nesse triângulo amoroso desgraçado. Pelo menos no ponto em que parou o segundo, com as informações que li até agora. Algumas red flags até ajudam mas a sensação é de um grandíssimo não sei. E isso me deixa irritada e curiosa a ponto de querer ler o terceiro mas querer esperar um pouco mais pra isso. Não sei nem se foi traduzido ainda, pra começo de conversa. 

A cada cem anos, a ilha mágica de Lightlark aparece por apenas cem dias para sediar um jogo mortal em que os governantes de seis reinos lutam para quebrar as maldições que assolam suas terras e ganhar poder inigualável.

Todos os governantes têm um segredo a esconder. Cada maldição é especialmente perversa. Para acabar com elas e salvar seus reinos, um dos governantes precisa morrer.

E se você não sabe se eu gostei ou não, se eu indico ou não, errrr, eu também não sei. Relação complicada viu, vou ter que ler o próximo sim porque EU preciso me decidir. 

  • Saga Pedras Sagradas 

Li o primeiro livro da Trilogia Pedras Sagradas de Kate Golden, O Alvorecer de Ônix, e de cara já gostei muito. Mais uma romantasia entregando o entretenimento que eu gosto. 

Arwen Valondale nunca imaginou que seria a corajosa, oferecendo sua vida para salvar a de seu irmão. Agora, ela foi feita prisioneira pelo reino mais perigoso do continente e forçada a usar suas raras habilidades mágicas para curar os soldados do cruel rei de Ônix.

Esse tipo de leitura me deixa muito envolvida, muito animada. Me ver apegada a outros personagens e não apenas aos protagonistas. Toda tensão, toda química, o sarcasmos, ah o sarcasmos! É muito bom. 

“I love to listen to you explain medicinal practices,” he purred.

“And I’d love to listen to you fall off a cliff.”

  • O Reino Oculto

Li o primeiro livro da trilogia, O Reino Oculto de Holly Renee. Mais uma romantasia com de slow burn e enemies to lovers

Ao fugir de casa, a princesa Nyra de Marmoris encontra refúgio entre rebeldes que planejam a queda de seu tirânico pai. A garota decide esconder sua verdadeira identidade e, assim, engata um relacionamento complexo com Dacre, filho do comandante rebelde, em um romance proibido repleto de intrigas políticas.

À medida que a rebelião se intensifica, Nyra precisa conciliar sua lealdade ao reino com sua crescente conexão com Dacre, ao mesmo tempo que confronta segredos que podem alterar o destino de todos.

Gostei desse primeiro livro e pretendo ler o segundo mesmo já sabendo que, pelo o que dei uma pesquisada agora, ele ganhou um bocado de hate dos leitores. Sou curiosa demais para não tentar descobrir por mim mesma. 

🌹

Como podem ver sigo muito envolvida com basicamente o mesmo tipo de leitura. Até tenho salvo outros gêneros que quero ler em algum momento, but por enquanto o que dá é o que tem. E opções, graças aos deuses, tem bastante. 

Queria desenvolver mais minha visão das leituras nesse post para vocês terem uma ideia melhor de como foi pra mim cada leitura? Queria. Porém arrisco dizer que eu me pego tão envolvida nas histórias que não consigo parar para fazer anotações e depois minha cabeça resume em sensações e um grandíssimo amei. Tanto que para eu dar nota baixa a escrita tem que se esforçar muito para me irritar. 

Enquanto as vozes da minha cabeça seguirem satisfeitas, seguirei sem pressa em me tornar uma grande crítica. Acho chique quem consegue, de verdade. Tem resenhas que eu leio que fico pensando meudeus que pessoa inteligente enquanto fico tentada em ler o que ela indicou, mesmo quando ela aponta os pontos negativos na visão dela. Acho sensacional, mesmo

Talvez em algum momento eu aprenda a apreciar cada leitura mais lentamente, realmente pensando em como aquilo me afeta, o que me agrada ou não, enfim, mas por enquanto sigo satisfeita com o realinhamento carismático instantâneo. Mesmo que eu tenha dificuldade em colocar em palavras cada leitura, sei no geral como isso me faz bem, as reflexões que me trazem sobre o tipo dos personagens e relações que a romantasia entrega. 

No fim, independente do ritmo de leitura que a gente abrace, a leitura nunca é rasa. Até os livros ruins nos fazem pensar em alguma coisa. Sempre tem algo a acrescentar nas nossas cabecinhas pensantes 🙂‍↕️

Sigo feliz com meu ritmo de leitura, algo que sinto que flui independente de metas. Acabei me baseando no que li ano passado para estipular a meta desse ano mas sem de fato me preocupar se realmente alcançaria os números planejados, até porque não leio por conta disso né, anyway. Então quando vejo que não apenas já bati a meta desse ano como o ritmo se mantem, para o meu completo choque (porque eu realmente fico chocada com isso), eu fico muito feliz com essa conquista.  

Pra quem ficou tanto tempo sem ler, conseguir manter o ritmo apesar do caos tem seu valor. É como se fosse uma prova muito pessoal minha de que no meio da correria eu também me escolho. 

Espero conseguir abraçar outros hobbies também, mesmo que apenas com metade do afinco com que me agarro nas leituras. Mas né, uma passo de cada vez 🙂‍↕️

💖 meu perfil no goodreads, a quem interessar. 

🌿

Esse post faz parte da seleção de temas do nosso grupo de blogagem coletiva Work Of Art, criado com o intuito de compartilhar nossas perspectivas sobre os mesmos assuntos. Se essa ideia também te anima e você quiser fazer parte, tenho uma página no blog explicando um pouco mais sobre o grupo.

Tema #007: últimas leituras.
16.11.25

Final do mês passado, mesmo em situação de xoxa & capenga, assim que fiquei sabendo que ia ter Sounds in da City fui avisar minha irmã. Depois de vivenciar o Wake & Bake, fiquei ansiosa pra curtir um evento de música eletrônica de novo. 

Passei essas duas últimas semanas tomando meus remedinhos e restringindo algumas coisas da minha alimentação para sobreviver a vertigem, enquanto torcia desesperadamente para realmente melhorar e conseguir ir nesse evento. Aliás, café descafeinado teve um papel importantíssimo nesse processo — espero não passar pela experiência de abstinência de café nunca mais. Depois de tanto perrengue seguido ainda fui agraciada com uma gripe, para a supresa de ninguém, mas cheguei ao tão esperado dia inteira e bem. Can I have an amen? 

Evento rolou esse sábado, comemoração de 15 anos do Festival Sounds in da City e superou todas as expectativas. 

Não tinha noção do que ia dar certo, se Sara ia aguentar até a finaleira, se ia se divertir ou ficar entediada rápido. Seria o meu primeiro rolê sozinha com a Sara sem vovó Adriana dando completa atenção para a neta. Fui na cara e na coragem. 


Chegamos às 13h, assim que o festival começou, com um cooler carregado de gelo, vinho e água, cangas, troca de roupa pra pequena, muita fruta e petiscos. Prontos para, se tudo desse certo, aguentar até a finaleira do festival com uma criança. 

Quando vi na programação que a última atração, mais próximo da pegada que eu gosto, começava lá pelas 20h30, sabia que corria o risco de não conseguir assistir caso a Sara se esgotasse antes. Afinal, 9 horas de evento não é pra qualquer um. Nem eu sabia se aguentaria. 

O tempo ajudou, nem ensolarado demais, nem vento demais. Na medida certa. Chegamos lá com um monte de tralha e um sonho, aproveitar ao máximo. 

Já de início Sara ficou deslumbrada com tanto espaço pra correr. Primeira peça de roupa sacrificada foi a meia branca que provavelmente nunca mais será branca depois da pequena tirar o tênis e brincar de relâmpago mcqueen ao nosso redor. Foi feliz pra caramba. 

Sobre os banheiros químicos ela ainda decidiu se achou divertido ou traumático. 

No começo animada porque podia escolher qual dos vários banheiros usar, mas assustada com o buraco bizarro em que ela precisaria sentar. 

Para o desespero de toda māe com uma criança em banheiro público, só faltou se enfiar no buraco para tocar na água. Como conheço a filha que tenho, levei álcool em gel. 

Já no final da festa provavelmente mais traumático que divertido. Reclamou que as pessoas não entenderam aonde tinha que colocar o papel higiênico. 

Assim que Sara cansou de correr e começou a ficar acanhada e com sono, chegou uma família próximo de onde estávamos. Quando uma mãe veio perguntar se a Sara podia brincar ao lado junto com a filha dela e Sarinha topou, não sei quem ficou mais feliz. Nós duas sabendo que conseguiríamos aproveitar mais o evento enquanto as filhas brincavam juntas ou as crianças por terem companhia no meio de tantos adultos. 

As duas curtiram TANTO essa festa, mas TANTO. Sério, foi surreal a folia que as duas fizeram. E nós, mães, com certeza absoluta aproveitamos cada segundo desse rolê. 

Negócio deu tão certo que trocamos contato pra combinarmos algo quando tiver mais um evento assim. 

Foi muito gostoso curtir mais um evento com a minha irmã, com Sarinha, amigos, amigos do trabalho, conhecer mais dessa galera, dos DJs. Experiência incrível mesmo. 

Não é a toa que só fomos embora quando acabou, era quase 23h já. 

Chegamos em casa imensamente felizes e cansados, Mariana que o diga. 

Sarinha e eu perdemos a hora pra acordar, amém domingo, e tão doloridas, mas TÃO DOLORIDAS, que precisei explicar para ela sobre dor muscular. A coitada não conseguia sair da cama sozinha, pecado. 

Agora já resmungando menos com a dor, ela foi brincar como se nada tivesse acontecido. Eu sigo com a sensação muscular de quem fez um treinão pesado de inferiores e superiores e ainda engatou um abs. MINHAS COSTELAS DOEM. Bom demais ser jovem viu. 

E sim, apesar das dores musculares e nos pés, estamos ansiosíssimas para repetir a dose. 

30.10.2025 versus 15.11.2025

Dica do dia: Andar de patinete depois de passar o dia todo bebendo vinho pode parecer uma boa ideia mas não é. Entendeu Mariana? Acho que entendeu né? 😂 

8.11.25

Fui olhar na agenda, meio perdida já no espaço-tempo das coisas, pra saber que dia finalizei o expediente em pronto atendimento oftalmológico depois do lado direito do meu rosto começar a inchar por causa de um terçol, que dia precisei marcar uma consulta de emergência depois de uma crise do que parecia ser labirintite que fez parecer que eu havia emborcado uma garrafa inteira de wisky sozinha. Tudo isso enquanto minhas mãos estouravam em bolha. Disidrose, de acordo com o google, que podem ser desencadeadas quem diria por estresse. Última semana de Outubro, primeira semana de Novembro. 

Tive que ouvir da Sara, depois que a pequena se acalmou e viu que a mãe não ia desse plano pra outro, ao me ver despejando a alma no banheiro enquanto não conseguia andar (e muito menos em linha reta), que eu fiquei doente porque como porcaria demais. Diferente dela que come as porcarias dela mas que também come muitas frutinhas e comida. Toni me olhou com aquele sorriso de quem diz não sou eu que tô falando. Concordei com ela, e nem tinha como discordar, naquela mesma semana cheguei a almoçar um tubo de salgadinhos. 

Ainda ontem sobrevivi ao expediente trabalhando em casa, no puro breu com tudo fechado e apagado, e usando óculos escuro para conseguir seguir com as demandas do dia na frente do computador. Aparentemente abstinência a café pode te dar uma enxaqueca colossal com doses catastróficas de sensibilidade a luz. Café que precisei cortar enquanto tentamos descobrir qual problema no labirinto pode estar desencadeando essa desorientação toda. Terminei a semana tendo que escolher entre diminuir a vertigem e sofrer com a enxaqueca ou diminuir a enxaqueca e sofrer com a vertigem. 

Outubro foi um mês de muitos incômodos e decisões. Apesar da alegria do que está por vir, muita coisa tirou minha paz. Descontei muita irritação na alimentação já que me acalmar com um malborinho vermelho deixou de ser realidade por aqui há mais de uma década.  

Quem diria que negligenciar nossa saúde física e mental poderia nos levar ao colapso? Absolutamente todos os médicos.

Detalhes da casa nova foram encaminhados e muito tempo e energia foi direcionado a isso. Tentei aproveitar tempo de qualidade entre família & amigos e decidi que quero viver isso mais vezes, quero que faça parte mais presente e frequente das minhas memórias. Aproveitei muito da rotina de leitura para abafar as agitações do dia a dia. Ri, mesmo que amargamente, por concordar com muitos dos day at a glance do Co Star. 

A vida segue o ritmo dela mesmo que a noite de sono tenha sido uma grande bosta, que a chuva caia assim que você coloca o pé na rua, que coisas estraguem quando tudo o que você menos precisa no momento são mais gastos, mesmo que a frustração te faça repensar as migalhas que a gente aceita, que o medo tente confirmar os próximos passos. A vida segue o ritmo mesmo assim. 

Deixo aqui registros desorganizados, fora de ordem cronológica, pra combinar com o caos que foi Outubro. 

2.11.25

Vou ser sincera, não me preparei para esse post. A verdade é que eu fui tāo engolida pelo mês que simplesmente esqueci do projeto. Ainda assim, decidi falar de um dia específico depois de ter vivenciado ele. Parece tão fresco na minha memória. 

Sábado, 25/10/2025 

O plano do dia: irmos ao salão cortar o cabelo da gata ainda pela manhã e depois iríamos num evento prestigiar cunhadinho tocar. 

Dia de sair com a vovó Adriana é dia que Sara pula rápido da cama, mesmo que ainda queira dar seus pitacos no que vai vestir e isso tome um pouco mais de tempo (e paciência). Minha mãe chegou, Sara e eu numa discussão calorosa sobre qual seria o corte de cabelo. Ninguém mandou parir uma criança cheia de personalidade. 

Depois de chegarmos num consenso (ela querendo discutir penteado e eu querendo definir o corte), seguimos para o salão. 

Acabamos chegando bem antes do horário marcado — lá tem um playground para as crianças enquanto esperam — mas, como não tínhamos preferência pelo profissional e tinha uma disponível no momento em que chegamos, Sara foi atendida coincidentemente pela mesma cabeleireira que atendeu ela na nossa última visita. 

Foi ainda mais fácil explicar para a cabeleireira que a expectativa da Sara era de sair de lá com a mesma coroa de tranças com adesivos e glitter que saiu da última vez, tal qual a princesinha que é. 

Como podem ver pela carinha dela, desejo alcançado com sucesso. 

A escolha do corte podemos dizer que tem o dedo das três. Minha mãe tem tentado me convencer a fazer franja na Sara já tem uns dois anos fácil. O problema é que eu me conheço o suficiente para saber que euzinha aqui não dou conta de manter uma. Não dei conta de manter a minha, o que foi um grandíssimo surto capilar que me deu uma bela dor de cabeça até ficar domável o suficiente. E Sara, veja bem, parece ter herdado a mesma falta de paciência capilar que a mãe tem. Ainda assim, pareceu estar tão curiosa quanto a mãe para ver no que a ideia da avó iria resultar. 

Sara e eu conversamos sobre cortar o cabelo mais curto para diminuir o incômodo dela com os nós no cabelo que surgem durante a noite porque a gata não para quieta. De tempo em tempo cortamos com esse propósito simples, facilitar a vida. Ainda assim é uma criança que quer se ver bonita. Montei uma pastinha na outra rede com várias referências de corte para crianças, com e sem franja, com penteados, sem penteados elaborados, enfim, para a gata ver qual atraia mais ela. Essa foi a escolha dela. 

Geralmente, antes mesmo de irem lavar os cabelinhos pré corte, a criança escolhe qual vestido vai usar. Dessa vez, suspeito que por vergonha (foi a primeira vez da vovó lá e talvez ela estivesse muito eufórica vivenciando esse momento com a neta 😂), Sara quis escolher seu vestido apenas depois que o corte e penteado já estavam prontos. 

Qualquer receio de que o resultado não deixasse ela feliz caiu por terra ao ver a animação dela pra ir escolher o vestido, pedir mais pipoca, sentar no cantinho de leitura do salão para curtir seu momento de princesa. 

De lá seguimos rumo a primeira edição de Wake & Bake, parceria da Areiia Records (gravadora do cunhadinho, Afterclapp) e a casa Anómada

Wake & Bake

Em parceria com a @areiiarecords e a família @anomada__, unimos forças para criar um brunch eletrônico inspirado nos icônicos boiler rooms de padaria que vêm ganhando espaço pelas capitais europeias. ❤️‍🔥

via @afterclappmusic


Chegamos lá pouco depois do evento começar e a sensação era de que o dia realmente seria muito bem aproveitado. 

Querendo ou não, quando planejamos sair da nossa zona de conforto em algo que inclui nossos filhos ainda pequenos, isso envolve toda uma organização mental do que esperar do dia. Pelo menos é assim por aqui, e olha que nem sou de sair muito. 

Foi como se fosse uma mensagem do universo pra mim, dizendo que eu posso sim sair da zona de conforto, me desprender da ideia de que só gosto de ficar em casa, permitir que eu me aventure em coisas novas e que essas coisas podem dar espaço para Sarinha ser incluída também. 

Pais sabem do que eu tô falando, depois dos filhos tem muito lugar que parece que não nos cabe mais. E quando esses lugares foram pouco vivenciados, parece que sacrificamos vivências antes mesmo de sabermos o que estávamos perdendo. 

O ponto é, viver esse dia parece que foi a virada de chave final sobre o que tem passado na minha cabeça ultimamente. Quero reformular a versão que vejo de mim mesma sobre as coisas que vivo, sobre o que gosto. E, além do que desejo pra mim, quero ser essa parceira de vivências para Sarinha também. Que ela me veja vivendo e não apenas trabalhando. 

Enfim, voltando ao assunto... 

Primeira coisa que sacrifiquei, por assim dizer, foi meu celular. Deixei com o cunhado para ele poder gravar o set. 

Apesar de ser uma pessoa que geralmente sente que viveu as coisas pelo tanto que registra, como se vivesse enquanto vê as bonitezas do momento, dessa vez eu decidi meio que inconscientemente apenas deixar as coisas rolarem. Com isso, todos os registros foram feitos com celular do cunhado e da minha mãe. Sem planejar, me permiti novas formas de vivenciar as coisas enquanto as pessoas ao meu redor viam as bonitezas do momento

Brunch, Drink & Music. Eu nem sabia que dava para juntar tudo isso num rolê só e ser tão bom. 

Pensa comigo, eu querendo me aventurar em coisas novas mas ainda apegada a velhos rituais. Sentar, comer, dormir cedo. Fui parar num evento onde tinha comida (e muito boa), tinha bebida (moms need alcohol), tinha lugar pra sentar, evento ia até as 17h, ou seja, cedo (apesar de ironicamente a gente não querer que acabe) e tinha musica pra gente descobrir que ainda tem energia sim pra mexer esse corpinho. 

Suspeito que a Sara tenha sido a única criança que não dormiu porque ficou fazendo bagunça com a avó. E sim, tinha crianças lá. Uma das nossas amigas inclusive ficou chocada porque a sua bebê dormiu uma bela cochileta de 2h enquanto a música tocava sem parar. 

Aqui inclusive vai um dica para mães de primeira viagem de algo que eu já suspeitava e que tiramos prova nesse evento. Bebês se adaptam ao meio em que estão e não vai ser um dia fora da rotina que vai acabar com a rotina do seu bebê. Além de que as regras que você conhece que funcionam contigo e teu bebê nem sempre se aplicam ao seu bebê e outras pessoas. Se o seu bebê se sentiu confortável com alguém próximo a você, que você confia obviamente, aproveite. Os dois estão bem sem você, aproveita o momento

Contextualizando, nossa amiga ficou com receio de abusar do colo dos amigos e até então acreditava que a pequena só dormia por mais tempo se fosse no colo dela. Com as minhas experiências com a Sara só falei para ela focar no tempo cronometrado dela para que pudesse beber antes de voltar a amamentar (limite de 2 horinhas sem álcool antes da próxima mamada, a quem interessar a informação) e que confiasse no fato de que bebê só tem sensor de distanciamento quando sai do colo da mãe. A pequena dormiu no colo de um amigo nosso e quando enfim ele cansou, fizemos uma caminha improvisada no canto do sofá que estávamos. Para surpresa da mamãe, a pequena dormiu direto longas 2 horas de soninho tranquilo e acordou mais tarde pronta para dançar mais com os amigos da mamãe. 

E como eu sei do peso que isso tira das nossas costas quando queremos viver um pouco, além de apenas viver a maternidade, quando temos quem nos ajude nesses momentos. Mesmo que eu não amamente, por exemplo, pude curtir o dia vivendo além da maternidade porque minha mãe aproveitou o dia para mimar e matar a saudade da neta. Parece bobo, mas pude beber, conversar com as pessoas e, pasmem, dançar (algo que eu nem sabia que gostava) porque sabia que Sara estava perto e segura curtindo o evento do seu próprio jeitinho com a avó. 

Conforme as pessoas foram chegando fui revendo amigos queridos que fazem parte importante da vida da minha irmã e que, por isso, sinto que é importante me conectar com eles também. Sei disso porque a cara dela entregou isso tantas vezes no dia que se a gente pensar demais os olhos ficam marejados fácil. Além de que também sinto isso com as minhas pessoas favoritas, essa urgência de conectar todas as minhas pessoas favoritas. 

Essa primeira edição do Wake & Bake foi sucesso. E digo isso não só por ter curtido a experiência numa análise mais pessoal da coisa, mas analisando o evento em si. Cunhado e a Ana, uma querida que conheci no dia, arrasaram demais. Não tinha como negar que todo mundo vibrava felicidade ali. Aquela felicidade que contagia mesmo, que faz a gente mexer o corpo sem perceber. 

O mais legal disso tudo? Gostei demais da versão que me permiti ser ali, sem pensar demais, e quero com toda certeza repetir a dose. Sara também amou a festa do tio rodrigo e disse que quer ir mais várias vezes

Na próxima só preciso lembrar de tomar mais água porque ressaca antes mesmo de chegar em casa é complicado viu. Os 30+ não tem um dia de paz. 

Assim que o evento acabou, como o Anómada continua funcionando, resolvemos jantar por lá antes de ir embora. Cunhado, irmã, mãe e eu só o pó querendo comer e ir logo pra casa dormir. Sara a milhão para a surpresa de ninguém. Jantamos pizza e saímos de lá com a certeza de que pretendo voltar não só pela comida mas pelo o que o evento proporcionou. 

Sara e eu fomos direto para o banho assim que chegamos em casa e, diferente da Sara, fui para cama antes das 22h com um comprimido de dipirona e um sonho (que a ressaca passasse logo) como a jovem senhora que sou. Já Sara continuou gastando a energia com o pai por mais um tempo. Nada como bateria nova né? Dura que é uma beleza. 

E assim foi um sábado de outubro pouco comum e cheio de boas memórias

Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho do cunhadin, segue LINK DA PLAYLIST no Spotify — tentei compartilhar a playlist de outra forma aqui e por razões misteriosas não consegui, sorry. Talvez alguém aqui já conheça alguma produção dele e se eu fosse arriscar diria que a terceira música dessa playlist 😉

Também rolou participação dele no último Sounds in da City, que não fui mas espero ir em um próximo. Segue fullset da apresentação dele no dia:

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Tema #006: um dia comigo

19.10.25

não tinha planos de gastar meus pensamentos e dinheirinhos com a manutenção do meu notebook por agora — pra que não sabe ele resolveu não ligar mais do mais absoluto nada —, visto que há uma infinidade de gastos teoricamente mais urgentes na frente disso, porém como cabeça cheia oficina do ~e se eu fizer mais uma graduação? tenho planos para começo do ano que vem e preciso dele funcionando. 

agora enquanto aguardo um parecer do problema só espero que não custe rins saudáveis e seja algo simples de resolver. caso contrário terei que aceitar, muito white people problems, que precisarei aguentar aprender duas coisas novas simultaneamente (a usar o mac do cunhado enquanto aprendo coisas novas da tal da graduação). 

***

acho que nossos dias nunca foram tão sequencialmente agitados como tem sido ultimamente. 

como temos planos de nos mudarmos ainda esse ano — o que parece um feito quase impossível considerando a quantidade de coisas para resolver e organização na agenda de fornecedores demais num espaço de tempo tão curto (móveis, pedra, cortinas, ...) — cada hora livre tentamos resolver alguma coisa. 

antecipou faxina? toni corre pós expediente pra ir no mercado comprar as parafernálias necessárias, busca a sara na creche, passa na casa nova pra deixar as coisas e na volta me pega no trabalho enquanto equilibro outros pratinhos fazendo hora extra. isso depois de passar o dia tentando definir coisas e falando com fornecedores enquanto trabalhamos. um vida inteira no dia, quase todo dia. 

cabeça pedindo socorro fumegando mas né, cada dia mais perto da tão esperada mudança. não dá pra reclamar do caos, as coisas estão se encaminhando. 

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comecei a ler alchemised dia desses. o ritmo tem sido lento por conta da correria e por ser livro físico (meu ritmo acaba sendo outro com o kindle). esse sábado é que me permitir ler por horas a fio e, caramba, me sinto no caminho do completo desgraçamento mental. 

já foram 370 páginas, o que não é nem metade desse calhamaço ainda, e já gastei uma cota de lágrimas. é um livro intenso. desolador. estou amando. 

alchemised é uma dark fantasy inspirada em uma fanfic de harry potter, entre hermione e draco. na outra rede é apresentada como um livro que narra a história sombria de uma mulher sem memórias tentando sobreviver em um mundo dominado por necromancia e seres malignos. é um livro com classificação +18 e não é por causa dos hot (se é que tem). 

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fui para o quarto ler. não passou muito tempo toni veio se esticar na cama. sara se viu sozinha na sala por mais de 1min e veio averiguar a situação. viu que meu espaço pessoal foi invadido (que na cabeça da sara é dela e não meu) e se enfiou no meio. viramos esse bololo de braços depois de mais um sábado agitado para nossos padrões. 

nunca se fica sozinho por muito tempo nessa casa. 

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algoritmo do meu instagram não perdeu tempo e agora toda vez que acesso sou bombardeada por stories patrocinados de tudo que é coisa para casa (porta pão, porta papel higiênico, porta alvejante, porta qualquer coisa). o que em parte tem sido genial — já me apareceu uma infinidade de lojas para escolher um sofá — mas também tem me irritado porque as vezes eu abro só para ver o que os webamigos tem feito e desisto com a enxurrada de propagandas. 

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esse é só mais um compilado aleatório de pequenos grandes acontecimentos e vozes da minha cabeça nesse querido espaço-tempo. relembrando a energia dos meus diários físicos de adolescente mas sem me dar o trabalho de colocar o cadeado.

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