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22.6.25

amo treino de musculação, algo que vocês já devem saber porque sou monotemática pra caralho. só que amar isso não me impede de ficar incomodada com algumas coisas rolam nas academias, ou pelo menos nas que frequentei/frequento. 

pois bem, vamos de coisas que me incomodam na academia.  

***

ser encarada demais

eu comecei a treinar já era casada então não tenho ideia de como seria minha reação se eu fosse solteira. o ponto é, vou treinar sem qualquer intenção de flertar. 

e tudo bem pra quem vai, não vim aqui cagar regra pra isso. acho até que se dependesse da academia para ampliar as possibilidades de flerte eu estaria lascada. além de ser expressiva demais, eu saio de lá o puro suco da batalha (suada, descabelada, com cara de quem perdeu as contas de quantas vezes desviveu). deve ser uma cena e tanto. 

para minha infelicidade essa incrível cena de autodestruição não afasta a curiosidade de todos. e a ariana fajuta que em mim habita não gosta de ser o centro das atenções. 

na minha cabeça prefiro pensar que estão julgando minha execução do que gostando do que veem. eu simplesmente não sei lidar com esse tipo de atenção. 

então, favor não me encarar demais. se possível faça de conta que sou uma assombração. sei lá, sem contato visual. agradecida. 


interagir com estranhos

o incômodo anterior me faz ficar aflita com as interações também. se você falar comigo eu vou ser simpática. posso não gostar mas vou sugerir revezar equipamento. sei lá sabe, ambiente coletivo, ser educada, essas coisas. 

o problema é a tal linha tênue das interações. eu basicamente me sinto uma troglodita por não saber interpretar sinais. a pessoa está só sendo educada ou é assim que começa um flerte? 

quanto mais eu escrevo sobre isso mais parece absurdo, eu sei. mas aparentemente desaprendi a interagir com estranhos (se é que algum dia eu soube como fazer) e isso só complica em um espaço já desagradável porque nos deixa semi nus e em posição estranhas por tempo demais. achei que o inverno ia me trazer conforto mas continuo hiperventilando demais para me sentir devidamente vestida. 

e antes que me declarem oficialmente maluca, além de instrutor fazendo cafuné sem ter intimidade pra isso, rolou interação esquisita a ponto de eu me forçar a ser menos simpática. aquele tipo de interação que você valida com outras pessoas e pra elas fica claro, não foi por educação. eu só queria treinar sabe? 

cheguei a sugerir fazer aquelas camisetas com a cara do excelentíssimo estampada pra aceitar o papel de maluca e afastar interessados. porém excelentíssimo falou que é capaz de tomarem como desafio. no, thank u.

a vontade é de rosnar pra ver se tem o mesmo efeito repelidor dos livros que eu leio (em alguns casos pelo menos 👀) mas me contento com amigo territorialista tentando fazer cara de marido possessivo do meu lado. tem funcionado. espero não descobrirem logo que ele joga pro mesmo time. 


instrutor no cio

aparentemente a temática acaba sendo a mesma porque o ambiente deve exalar testosterona demais (e olha que aonde vou a maioria não parece ser fã do suco). só que dessa vez o incômodo é outro. é só o cara esquecendo de fazer o trabalho dele. 

teoricamente enquanto instrutor pago pela academia o cara está lá para dar suporte e orientação a todos. há academias, por exemplo, que eles seguem instrução de falar com o cliente por no máximo 1min. pois bem. 

existem esses alecrins dourados que aproveitam a sua posição para caçar (meudeus tô lendo demais e acabei com meu vocabulário, fodasi). em vez de estar disponível para todos, o alecrim foca apenas nas clientes que são do seu interesse. olhando de fora, parece até que é personal delas.

o problema? um instrutor a menos pra te dar suporte e orientação quando a gente precisa e ai nos resta ir atrás dos demais.

eu que gosto de ir treinar no máximo vou ficar irritada pela falta de senso, vou tentar outra pessoa ou até recorrer ao google. mas provavelmente, alguém que faça apenas porque precise ou não tenha conhecimento necessário pra isso acabe desistindo de pedir ajuda, faça de qualquer forma ou até desista de treinar por falta de ajuda. 

poder ir treinar numa academia já é um privilégio. mas pagar por um personal, um treinador, não é pra todo mundo. então me corrijam se eu estiver errada, o papel desse instrutor é estar atento e disponível para dar esse suporte. alguém precisa evitar que as pessoas se matem lá dentro, peloamordedeus.  

  

exercício interrompido

quem já treinou alguma vez na vida deve saber que pra executar um exercício certo, evitando perder tempo ou se lesionar, a gente precisa prestar atenção em uma porrada de coisa. é postura, é respiração, tem que contrair abdômen, cuidar da lombar, cuidar da velocidade, cuidar do peso, das repetições. e sabe-se lá mais o que. não é pouco e isso exige toda a minha concentração. 

ai me vem a criatura, aquele ser de luz desprovido de senso, e te interrompe no meio da execução pra perguntar se falta muito. meu amor, tenha dó. 

então reforço, não gosto de revezar (atrapalha o controle de descanso, é um saco ajustar peso, regular máquina, enfim) mas farei por educação e sei que tem gente com tempo curto pra finalizar o treino. mas vamos combinar uma coisa? espera a pessoa terminar a porra da execução antes? pode ser? não atrapalha ainda mais o treino do amigo tá? 


gente folgada

terminou de usar o equipamento? tira a merda do peso e guarda no lugar. a não ser que você seja abençoado pelo conhecimento de olhar pra pessoa que vai usar a máquina na sequência e já saber o peso que ela vai usar. não consegue escanear a pessoa assim? então você tira a merda do peso e guarda no lugar.

se for mais espertinho ou educado (depende da intenção mas o efeito é o mesmo), você pergunta se a pessoa prefere que tire ou mantenha o peso. já rolou comigo de, seja saindo da máquina ou indo pra ela, de escolher manter. simples. todo mundo fica feliz. 

outra coisa. pessoa tá usando o equipamento e ele tem suporte pra anilha. você pergunta se pode pegar sabe? educação lembra? faz a droga de um sinal de cabeça, sei lá. mostra que você não é um filha da puta arrogante que subentende que a outra pessoa não vai progredir carga. 

por favor, não me desafie com seu ar de superioridade. eu não posso mais me lesionar HAHAHA 


despreocupados

esse aqui eu nem sei como chamar direito. mas sabe aquela galera que esquece o que foi fazer ali e o intervalo de série vira 15min mexendo no celular, então.

como boa CLT me resta ir treinar as 18h então o tempo do treino é contadinho. eu tenho hora pra chegar em casa, responsabilidades sabe, como a maioria que resolva treinar nesse horário. 

além de saber que pra ter resultados bons, pra todo aquele esforço descomunal valer a pena, o tempo dos meus intervalos de série também conta. basicamente, essa merda afeta o teu treino e o dos outros. 

a maioria tem hora pra terminar, precisa fazer uma porrada de exercício antes de ir embora. mas ai sempre tem uma abençoado que acha tranquilo ficar de papo ocupando máquina, scrollando feed, sei lá. 

isso aqui me deixa tão incomodada que quando sou eu em intervalo de série, deixo o celular bem evidente com o contador de timer pra mostrar que eu não desassociei e sim preciso esperar aqueles dois longos minutinhos antes de recomeçar. 

***

enfim, isso me faz pensar que quanto mais a gente se preocupa em não incomodar os outros, mais a gente fica suscetível a se incomodar com a falta de noção alheia. é cansativo. 

but, infelizmente desprovida de grandes fortunas pra comprar a minha própria academia então, a gente respira fundo e vai assim mesmo torcendo pra terminar o treino sem muitas baixas (físicas e psicológicas). 

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e se você esperou meus centavos sobre a vestimenta alheia, sinto muito em decepciona-lo. meus dois centavos são pra reforçar que cada um veste o que achar melhor. ninguém dá pitaco de vestimenta na praia né? mesma lógica. seja porque a pessoa sente calor demais, seja por querer se sentir bonita, por querer seduzir, o que for. que cada um vista o que sente vontade e com o propósito que lhe caber. not my problem e também não deveria ser o seu. 

me resta pouca paciência pra quem vem ditar vestimenta alheia. e feliz de quem se sente sempre confortável pra desfilar o próprio corpo. eu nem sempre me sinto confortável (quem diria, pelos motivos já citados acima, e outros mais) e preciso de toda concentração pra não desviver treinando de blusão. eu ein, calor desgraçado. a regra é simples, se não gosta é só não usar 😉 

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se eu não for cancelada depois desse post talvez traga mais divagações sobre esse assunto, pra compartilhar coisas bacanas que também rolam e outros desalinhamentos de carisma. é uma caixinha de surpresas.  

20.6.25

Vejo web-amigos compartilhando pensamentos nos seus próprios formatos periódicos, outros quando dá e fiquei com vontade de compartilhar as vozes da minha cabeça de outra forma além dos resumos mensais que já tem ficado absurdamente imensos. 

Tentar fazer disso uma limpeza de cache forçada sem pensar muito a respeito e assim poder compartilhar as coisas que geralmente se autodestroem na minha cabeça ou se perdem na linha do tempo. Enfim, pra aliviar a cabeça com mais frequência, compartilhar coisinhas, pensamentos, etc etc etc, servir de lembrete da vida se eu resolver reler em algum momento. 

colapsei em plena segunda-feira. deu um bocado de coisa errada no trabalho. acúmulo de outros sentimentos conflitantes nesse coraçãozinho sobrecarregado há muito tempo. deu crise de ansiedade, segurei a crise de choro durante o expediente (#limites). foi chegar em casa e eu desatei a chorar, parecia sofrimento de coração partido mesmo. angústia do caralho. acordei no dia seguinte com a cara miseravelmente inchada. 

providências foram tomadas por mim e terceiros, tornando os sentimentos menos conflitantes. agora é esperar pra ver os efeitos disso. e que sejam positivos. preciso que sejam positivos. 

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aparentemente descontar raiva e frustração no treino não vira músculo. na realidade é mais provável que vire alguma lesão e no momento estou tentando me recuperar do que parece ser uma inflamação no ciático. os 30+ não tem um dia de paz. 

nota: se você não é o 30+ lesionado provavelmente será o amigo 30+ enviando dicas de como se deslesionar. a que ponto chegamos. 

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comecei a ler Fúria da Lua Cheia (mais uma romantasia 18+) e espero que entregue a farofada enemies to lovers que tanto estou precisada para realinhamento de carisma nesse momento. ainda mais agora que precisarei baixar um pouco a minha bolinha nos próximos treinos para não acabar desbloqueando mais nenhuma lesão 30+. 

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contagem regressiva para as minhas férias. mais uma coisinha da qual estou precisada demais. e dessa vez belos 30 dias para contemplar a minha própria existência. aliás, acho que pela primeira vez tenho planos para parte das minhas férias que incluem coisas bacanas além de existir de pijama em período integral (o que por si já é muito bom também mas né planos). estou animada. 

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estou um pouco obcecada na playlist que a bella fez. em casa escuto quando preciso abafar o ruído ambiente e me concentrar (organizar a cabecinha pra ler/escrever). no trabalho uso nos momentos em que quero ler e preciso ignorar a falação ao meu redor. bom demais. 

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tirando hoje que já são 01:05, resquício do feriado porque ainda não fui dormir, costumo deitar cedo (não necessariamente dormir cedo). já saquei que tão cedo dentro da minha rotina-realidade não vai rolar voltar ao hábito de sentar na frente do meu computador pra fazer o que estou fazendo agora tal qual incas e astecas. é simplesmente raro ter tempo e energia simultaneamente e não consigo fazer isso funcionar no celular. 

então estou cogitando investir em um tablet pra aproveitar parte desse tempinho na cama para outras coisinhas que sinto falta. como assistir série, ler blogs com mais frequência pra não acumular tudo (são mais de 400 posts salvos não lidos no meu inoreader, bateu o paniquito), zanzar no pinterest que tem virado um pedacinho de hobby bom (papo pra outro dia), pintar bobbie goods digital porque não tenho paciência pra fazer isso no papel e geralmente rola briga entre sarinha e eu por queremos usar a mesma cor na mesma hora. enfim, meus white people problems. 

aceito dicas de modelinhos de quem tem ou também planeja ter e já começou suas pesquisas. por aqui estou namorando o tab 6s lite mas ainda muito chocada com os valores. 

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É isso pessoal, se flopar nunca existiu. 

Mentira, se eu curtir as divagações vou continuar postando mesmo assim 😝

Sim, dois posts no mesmo dia porque sou ansiosa demais pra agendar. 


um beijo,

ba

19.6.25


Maio começou com feriado e, diferente do habitual, tiramos o dia para socializar com amigos. Um oferecimento, amizades corporativas. Que bom que trabalhar não permite apenas que a gente pague boletos e enlouqueça. 

Dessa querida experiência descobri que posso ir fácil de arrasta tomando Skol Beats (se organizar direitinho três já me deixam no ponto da loucura #amei), jogar Jenga é super divertido e para futura casinha quero um fundo acolhedor assim pra poder pegar um solzinho e curtir os amigos também. 

Para o desespero do meu bolso e corpinho (haja lacday), descobrimos um restaurante perto do escritório que possui essa maravilhosidade de nhoque com carne de panela ao molho quatro queijos. É ofensivo de tão gostoso e depois ainda rola a cortesia de um capuccino delicioso. Comidinha que abraça (e te leva a falência). 

O próximo registro é um oferecimento parceiro de treino, Rafa. Testei usar aqueles medidores cardíacos em alguns treinos e é assim que o meu fica no intervalo de séries. 

O registro foi quase um pedido de sinal de vida do Rafa pra mim (vamos juntos pra academia mas cada um num canto com seu próprio treino) depois de olhar o painel e suspeitar que eu estivesse indo de arrasta. Amarelo é o penúltimo nível de desempenho do medidor. Depois disso é vermelho, pois é. 

Meu treino é separado em quatro grupos musculares — (?) algo assim — sendo o quarto o que consigo fazer com o que tenho em casa. Só que nesse brincadeira Sara começou a entender a lógica dos intervalos (acompanhando o timer do meu celular), as trocas de peso e a quantidade de séries. Nesse dia, por exemplo, reclamou que só fiz o exercício com ela duas vezes e não três. Daqui a pouco vai baixar a skin personal e vai mandar um: dá mais 3 repetições, bora!

pov: sua sogra é minha mãe e pra agradá-la basta levar lenha

Dia das mães chegando, pegamos estrada rumo Imbituba. Mãe estava há um tempo querendo conhecer o Restaurante Trapiche em Laguna e aproveitamos o sábado pra isso já que as reservas de domingo já estavam esgotadas. Particularmente eu tenho pavor de comer fora nessas datas comemorativas por conta da muvuca mas dias das mães né galera e temos uma mamãe para mimar também. 

Experiência bem gostosa sem muito movimento para minha alegria. Sábado tranquilo, comida maravilhosa, clima agradável e, por também ser mãe, também ganhei um drink (que não lembro o nome mas estava delicioso). Sara se divertiu no pedalinho com a vovó enquanto excelentíssimo e eu tínhamos algumas paradas cardíacas olhando de longe. 

Já no domingo, a sugestão da minha irmã não poderia ter sido melhor e fomos treinar. Meu jeitinho de comemorar o meu dia das mães. 

Disclaimer: Aparentemente essa é só uma das minhas caretas de treino. Expressiva ou concentrada demais, grandes questões. 

Momento #gratiluz acionado — Feliz demais pelas minhas obsessões porque elas não só me fazem bem como passaram a fazer bem pra minha irmã também. Gostoso demais ver ela empolgada & relaxando com as leituras que indico, ou tendo constância nos próprios treinos. Nesse dia ainda ajudei a gata a progredir carga e fiquei tão orgulhosa, aff. 

O retorno pra casa já foi mais caótico. Sara ficando doente e eu sabendo que ia precisar trabalhar de casa para conseguir cuidar da pequena. Mediquei meu próprio cansaço e preocupação com comida, obviamente. A listinha de motivos que me fazem treinar é grande e poder descontar o caos na comida também é um deles. 

De resto o mês seguiu no caos organizado de sempre. Muito trabalho, leiturinhas, eu descobrindo que treino pesado pode dar azia e agradecendo a existência de bicarbonato de sódio em casa. Dias de luta, dias de luta. 

Aconteceu esse mês #01

Pesquisa de clima na empresa, questionário com a seguinte pergunta: "Empresa incentiva união entre colaboradores?"

Meus divertidamente confusos resolveram se manifestar em voz alta para a moça que estava aplicando o questionário: "— Tipo casal?"

Reação sincera de uma das chefinhas para minha dúvida: "— Barbara, acho que tu tá lendo demais"

Ai, as vergonhas que eu passo no débito. 

Em minha defesa há casais na empresa e foi a primeira coisa que me ocorreu sim, por mais bizarro e improvável que seja ter uma pergunta assim. Provavelmente estou lendo romantasia demais mesmo. 

Aconteceu esse mês #02

POV: Você trabalha comigo, treina comigo e agora sonha comigo.

Rafa contando que no sonho fomos parar num parque com bungee jump e não satisfeita convenci ele a participar da aventura comigo com a seguinte justificativa: só se vive uma vez. Ele saiu tremendo e eu sai plena.

A imagem que o póbi tem criado de mim, meudeus. Errado não está. 

Aconteceu esse mês #03

Usando medidor cardíaco em dia de treino de inferiores. Medidor só varia entre amarelo e vermelho. Resolvo ir nos armários buscar meu strap que tinha esquecido na mochila. Passo pelo Rafa e não falo nada. Logo depois aparece umas das instrutoras correndo até o corredor dos armários preocupada atrás de mim enquanto eu mexia na minha mochila.

"— Rafa falou que viesse pra cá sem falar nada e teu medidor foi de vermelho pra cinza do nada, achou que tinhas desmaiado.

Pelo menos sei que se eu desmaiar o socorro vem rápido. 

Eu adoro dizer que me falta senso de autopreservação mas começo a suspeitar que é justamente a existência desse senso que me impede de testar algumas coisas. Tipo crossfit, tenho curiosidade mas me conheço o suficiente pra suspeitar de que lesões irão acontecer. Não pelo esporte em si, mas pelo meu senso bagunçado de dor, força, espaço, limites. 

Pois bem, as vezes o senso dá espaço para ousadia. 

Aceitei o convite das funcionárias de um cliente para ir jogar vôlei. Quando pessoas enlouquecem juntas no mundo corporativo, amizades são feitas. 

Nos aporrinhamos a semana toda, o happy hour que rolou em outro dia foi proveitoso, então, o que poderia dar de errado com essa nova experiência?

obs.: essa é a foto bonita

Faça esportes, eles disseram.

Nota mental: Aprender a sacar sem gangrenar a própria mão e sem ficar de castigo do vôlei e dos treinos de musculação no processo de recuperação. 

25.5.25

 

... e nem é porque os enemies se tornaram lovers. Apenas a toa, mesmo que com os olhos pesados de sono, mexendo no computador à noite — li isso em um post da arantxa justo essa madrugada e me peguei rindo, um tanto nostálgica, dessa coincidência. Não é todo dia sabe, na verdade tem sido cada vez mais raro. 

As vezes eu até tento viver fora do quarto a noite após colocar a pequena para dormir. Só que a realidade oscila em várias outras possibilidades: pegar no sono antes da Sara, ficar tão entretida lendo que desisto de sair do quarto, cansada demais para pensar na frente do computador etc etc etc. 

Como ir dormir tarde é algo que me permito apenas nas sextas e sábados, minhas chances reduzem. Tento ter algum senso de responsabilidade (que não levo muito a sério quando estou entretida lendo) e esses seriam os únicos dias com espaço pra aceitar uma noite de sono de centavos em prol de outras vontades. Se considerar que nas sextas eu geralmente treino e chego já destruída em casa. Bom, com sorte no sábado rola. Não costumo ter sorte. 

A ironia é justo hoje ter dado certo. 

Precisei ir no shopping trocar uma calça, fugindo assim da nossa rotina existencial de finais de semana. Depois disso ainda demos uma volta pelos bairros daqui para ver de frente uma casa a venda anunciada no instagram. 

Aqui fiquei chocada com as habilidades de Sherlock Holmes do excelentíssimo por descobrir qual rua era procurando no google maps com nada mais, nada menos que: duas árvores e uma casa azul nos fundos. 

Já em casa aceitei que abusei do treino de sexta e sigo destruída. Nem cogitei sair do quarto quando fui colocar a Sara para dormir porque além de cansada (dolorida, xoxa, capenga), está frio. 

Só que as vezes viver uma breve ressaca literária te permite escolhas ruins, como perder a hora scrollando demais na outra rede, a ponto de proporcionar boas oportunidades. Acho que desisti da ideia de ficar na cama ali pela 1h da madrugada e cá estou com o moletom do excelentíssimo que catei na sala porque não quis arriscar voltar no quarto e acordar a cria. 19ºC e chovendo, delicinha. 

Casa quieta, oficina da criatividade, da organização de pensamentos, calmaria etc. Cabecinha teve espaço pra escrever, ler e comentar no blog de alguns web-amigos. Ô saudade disso. 

Agora, batendo quase 5h da madrugada — ou já se diz da manhã? — vou me permitir desfalecer na cama e me resta apenas torcer para Sarinha ser generosa e me deixar dormir bastante, mesmo que ela não dê o mesmo passe livre ao pai. Quero acordar com cheirinho de café. 

O treino de domingo? Ah, vai ficar pra outro dia. Um pouco de droga e um pouco de salada, lembra? 

24.5.25

Acho que em Abril virou uma chave na minha cabeça. Não só ia alcançar meu ritmo de treino do ano passado como ia superar ele. E, veja bem, não só porque pareço gostar de me desafiar (a linha tênue para a falta de senso de autopreservação que avanço com muito frequência — a mesma que me faz entender a Sara, a fruta não cai longe do pé etc etc etc — mas porque precisava me sentir no controle de algo enquanto outros fatores da vida estavam me levando a loucura. 

Resolvi então mudar o plano do meu Gympass para ter acesso a uma academia menos movimentada. A academia do plano anterior não compensava a economia com os treinos pela metade porque a academia que eu frequentava estava sempre lotada. 

Comecei fofo, meio frustrada, me readaptando aos exercícios e a nova academia. Me agarrei ao fato que voltar a ter essa rotina, mesmo treinando fofo, devagar e sempre, já servia para acalmar a minha cabecinha. A playlist da Glicia ajudou demais nesse retorno também (para treinar & realinhar carisma no trabalho).

Até chegar o grande dia, pós readaptação, e ganhar o alvará de segurança do meu treinador com treininho novo. A volta da dinda bombada, como o Gui nomeou meu treino novo, is back. Alegria meus amigos, alegria. 

Nesses momentos fica muito claro para mim que me falta aquele bom senso que diz calma lá amiga, muito tempo parada, vamos voltar aos poucos. Juro, quando meu problema com os calcanhares pareceu ter se resolvido, depois de pelo menos dois meses parada, pareceu muito natural voltar a rotina com o treino que eu fazia fim de ano. Só os deuses sabem que outros problemas eu poderia desencadear voltando no mesmo ritmo de antes como se não fosse nada. A memória muscular existe mas ela não faz milagre. 

Ainda bem que o Gui tem mais senso do que eu e não quer que a madrinha da filha dele vá com deuses antes da hora. 

Abençoados todos os facilitadores da minha vida que não são poucos e, por mais corrido e caótico que seja meu dia-a-dia, me permitem colocar o plano de virar uma grande gostosa em prática. Poderia dizer que é apenas pela saúde mas vou poupá-los, eu quero isso por muitos outros fatores. 

Essa até seria a parte do post resumo do mês em que eu diria que não se vive só de treino mas fui bastante monotemática nos meus registros. O cansaço na mudança do treino cobrou seu preço e não fui muito feliz nas escolhas que fiz do que ler. Única leitura que foi apreciada com gosto e já fica de indicação (pra quem for curioso ou possuir o mesmo desvio de caráter) é Obsessão Sangria. Sério, precioso. 

No feriadão que rolou fomos para Imbituba. Nem 8h da manhã e minha irmã sofrendo com ACoSF (último livro publicado da série ACOTAR) enquanto estávamos sofrendo com trânsito de feriado a caminho de lá. 

Chegamos, abracei as bonitas, larguei as bolsas, catei minha garrafa d'água e arrastei minha irmã para ir treinar. Ainda tínhamos 1h hora de academia aberta e um sonho (ou obsessão). Bom demais ser maluca, me proporciona as melhores memórias. 

Mas nem só de treino se vive. A-há.  

Aqui foi o momento em que minha irmã descobriu o quão enlouquecedor é raciocinar, tipo algo simples como escolher que roupa usar, enquanto a Sara pula, corre, faz perguntas aleatórias e grita. 

Voltando para casa, volta também a rotina. 

Já me questionei se eu não compartilho demais, se eu não me exponho demais, as grandes questões de usar qualquer rede social. Problema é que não sei ser low profile. Até hoje não consegui criar aquele perfil na outra rede, o melhores amigos, porque numa simulação mental não consegui separar o que eu postaria lá que não postaria no perfil aberto. Eu tenho um post nesse querido blog da vez que mijei (ou quase) na cama do meu excelentíssimo lá no começo do namoro, pelamordedeus, não esperem muito de mim. 

Sem falar que eu tô numa fase da vida muito animada com aquela coisa de criar a minha melhor versão e, caramba, quero registrar o meu progresso sim. Deus me free registrar só para ser perder na galeria com prints que dificilmente verei no futuro. 

Além disso, dizem que se não postar não cresce e não estou em condições de desafiar o universo. Muitos dinheirinhos, tempo e energia investidos para só mijar caro. Fazer valer cada scoop de creatina sim. 

Eu até poderia pensar que o que compartilho da minha vida aqui é tipo ver o governo anunciado assunto surreal do tipo óvnis existem e todo mundo pensando caramba, se anunciaram isso, o que realmente estão escondendo? e ai você não vai saber se a área 51 realmente existe ou se o que não está sendo compartilhado é só outra coisa maluca que ninguém se importa. Não sei se isso faz eu me sentir menos perturbada mas é o que as vozes na minha cabeça acharam adequado. 

Seja para a bolha virtual ou curiosos de plantão, espero pelo menos gerar algum entretenimento para quem me lê. Pelo menos para mim, compartilhar as aleatoriedades (muitas vezes monotemáticas) da minha vida segue me fazendo bem. 

E para acalmar um pouco as vozes na minha cabeça, enquanto azucrino os que se arriscam a fazer parte do meu círculo íntimo com detalhes do que acontece na área 51, deixo pra compartilhar as aparições de óvnis com vocês. Equilíbrio é tudo. Da onde eu tirei essa metáfora cachorra, pelamordedeus? 

Arrisco dizer que esse foi um dos posts mais confusos que já escrevi, por favor, não desistam de mim. 

Devaneios a parte, quero fechar esse post já imenso com registros da última aventura de furacão Sarinha: desbravar em um playground diferente daqueles tradicionais com apenas escorregadores e piscinas de bolinhas (que também sei que ela ama mas que valem um rim saudável por minuto). 

Confesso que, apesar de saber que Sara herdou a falta de senso de autopreservação de mim, não sabia se ela realmente iria encarar os desafios lá dentro. Até fiquei tentadíssima a entrar junto para participar (porque sou dessas) e para ajudar ela se precisasse, só que a fila de crianças só aumentava e eu não queria ser a tia que tira vez de outra criança. 

Pois bem, minha mãe com o mesmo receio foi conversar com um dos funcionários sobre como Sara poderia reagir e o querido foi muito atencioso com ela. Teve desafios do espaço que ela ficou de fato com receio e não quis arriscar mas só dela se aventurar escalando essa tela eu já fiquei super orgulhosa da minha pequena. 

— nossa sarinha você foi suuuper radical

— muito não, só um pouco, não fui em tudo

Vontade de esmagar essa criança o tempo todo e sigo me chocando com os diálogos que ela vai desbloqueado. Depois da escalada ela aproveitou o tempo que tinha no espaço brincando no escorregador e saiu de lá toda feliz. 

Alegria que no primeiro encosto de sofá virou cansaço e fome. 

Enquanto tirava a última foto do nosso rolê perdi metade do meu sanduíche para a Sara. De acordo com ela, o pão de queijo imenso que ela ainda ia comer estava muito quente. 

Outras aleatoriedades em tópicos

  • Meu nível de carisma sobe progressivamente quando minha bff vai para o escritório trabalhar e leva Sosô junto. Aproveito pra pentelhar as duas o máximo que posso. 
  • O Rafa, que aparece em uma das fotos desse post imenso, é meu virginiano favorito que passa o expediente inteiro chutando as minhas canelas. Ano passado consegui arrastar ele para a musculação e agora é ele que quer me arrastar para o crossfit. Por enquanto ainda não cai nesse esquema de pirâmide. 
  • bodybuilder que habita em mim está muito feliz que excelentíssimo agora também faz pão (macros para bater etc). Fui toda faceira preparar minha banana toast porém também fui moleque e errei a ordem dos ingredientes. Acho que até hoje tem canela nas ventoinhas da air fryer
  • Suspeito que na minha Era 30+ terei que aceitar que vinho como pós-treino desbloqueia enxaquecas sinistras. Chorar muito lendo também. 
  • Nosso tatame EVA preto já foi um bom tapete para Sara bebê quando ela começou a rolar no chão mas agora serve como apoio de anilha e treino. Não sei se os dias de luta deles estão chegando ao fim ou se simplesmente aceito que vou sempre terminar meus treinos em casa imunda. 
  • Essa camiseta maravilhosa que ganhei de aniversário da bff, a quem interessar, é da @fictyloja.

Para a Barbara do futuro caso releia isso aqui e se pergunte como diabos era viver dentro dessa cabecinha, olha, eu realmente não sei. Mas também é divertido, juro. 

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