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2.11.25

Vou ser sincera, não me preparei para esse post. A verdade é que eu fui tāo engolida pelo mês que simplesmente esqueci do projeto. Ainda assim, decidi falar de um dia específico depois de ter vivenciado ele. Parece tão fresco na minha memória. 

Sábado, 25/10/2025 

O plano do dia: irmos ao salão cortar o cabelo da gata ainda pela manhã e depois iríamos num evento prestigiar cunhadinho tocar. 

Dia de sair com a vovó Adriana é dia que Sara pula rápido da cama, mesmo que ainda queira dar seus pitacos no que vai vestir e isso tome um pouco mais de tempo (e paciência). Minha mãe chegou, Sara e eu numa discussão calorosa sobre qual seria o corte de cabelo. Ninguém mandou parir uma criança cheia de personalidade. 

Depois de chegarmos num consenso (ela querendo discutir penteado e eu querendo definir o corte), seguimos para o salão. 

Acabamos chegando bem antes do horário marcado — lá tem um playground para as crianças enquanto esperam — mas, como não tínhamos preferência pelo profissional e tinha uma disponível no momento em que chegamos, Sara foi atendida coincidentemente pela mesma cabeleireira que atendeu ela na nossa última visita. 

Foi ainda mais fácil explicar para a cabeleireira que a expectativa da Sara era de sair de lá com a mesma coroa de tranças com adesivos e glitter que saiu da última vez, tal qual a princesinha que é. 

Como podem ver pela carinha dela, desejo alcançado com sucesso. 

A escolha do corte podemos dizer que tem o dedo das três. Minha mãe tem tentado me convencer a fazer franja na Sara já tem uns dois anos fácil. O problema é que eu me conheço o suficiente para saber que euzinha aqui não dou conta de manter uma. Não dei conta de manter a minha, o que foi um grandíssimo surto capilar que me deu uma bela dor de cabeça até ficar domável o suficiente. E Sara, veja bem, parece ter herdado a mesma falta de paciência capilar que a mãe tem. Ainda assim, pareceu estar tão curiosa quanto a mãe para ver no que a ideia da avó iria resultar. 

Sara e eu conversamos sobre cortar o cabelo mais curto para diminuir o incômodo dela com os nós no cabelo que surgem durante a noite porque a gata não para quieta. De tempo em tempo cortamos com esse propósito simples, facilitar a vida. Ainda assim é uma criança que quer se ver bonita. Montei uma pastinha na outra rede com várias referências de corte para crianças, com e sem franja, com penteados, sem penteados elaborados, enfim, para a gata ver qual atraia mais ela. Essa foi a escolha dela. 

Geralmente, antes mesmo de irem lavar os cabelinhos pré corte, a criança escolhe qual vestido vai usar. Dessa vez, suspeito que por vergonha (foi a primeira vez da vovó lá e talvez ela estivesse muito eufórica vivenciando esse momento com a neta 😂), Sara quis escolher seu vestido apenas depois que o corte e penteado já estavam prontos. 

Qualquer receio de que o resultado não deixasse ela feliz caiu por terra ao ver a animação dela pra ir escolher o vestido, pedir mais pipoca, sentar no cantinho de leitura do salão para curtir seu momento de princesa. 

De lá seguimos rumo a primeira edição de Wake & Bake, parceria da Areiia Records (gravadora do cunhadinho, Afterclapp) e a casa Anómada

Wake & Bake

Em parceria com a @areiiarecords e a família @anomada__, unimos forças para criar um brunch eletrônico inspirado nos icônicos boiler rooms de padaria que vêm ganhando espaço pelas capitais europeias. ❤️‍🔥

via @afterclappmusic


Chegamos lá pouco depois do evento começar e a sensação era de que o dia realmente seria muito bem aproveitado. 

Querendo ou não, quando planejamos sair da nossa zona de conforto em algo que inclui nossos filhos ainda pequenos, isso envolve toda uma organização mental do que esperar do dia. Pelo menos é assim por aqui, e olha que nem sou de sair muito. 

Foi como se fosse uma mensagem do universo pra mim, dizendo que eu posso sim sair da zona de conforto, me desprender da ideia de que só gosto de ficar em casa, permitir que eu me aventure em coisas novas e que essas coisas podem dar espaço para Sarinha ser incluída também. 

Pais sabem do que eu tô falando, depois dos filhos tem muito lugar que parece que não nos cabe mais. E quando esses lugares foram pouco vivenciados, parece que sacrificamos vivências antes mesmo de sabermos o que estávamos perdendo. 

O ponto é, viver esse dia parece que foi a virada de chave final sobre o que tem passado na minha cabeça ultimamente. Quero reformular a versão que vejo de mim mesma sobre as coisas que vivo, sobre o que gosto. E, além do que desejo pra mim, quero ser essa parceira de vivências para Sarinha também. Que ela me veja vivendo e não apenas trabalhando. 

Enfim, voltando ao assunto... 

Primeira coisa que sacrifiquei, por assim dizer, foi meu celular. Deixei com o cunhado para ele poder gravar o set. 

Apesar de ser uma pessoa que geralmente sente que viveu as coisas pelo tanto que registra, como se vivesse enquanto vê as bonitezas do momento, dessa vez eu decidi meio que inconscientemente apenas deixar as coisas rolarem. Com isso, todos os registros foram feitos com celular do cunhado e da minha mãe. Sem planejar, me permiti novas formas de vivenciar as coisas enquanto as pessoas ao meu redor viam as bonitezas do momento

Brunch, Drink & Music. Eu nem sabia que dava para juntar tudo isso num rolê só e ser tão bom. 

Pensa comigo, eu querendo me aventurar em coisas novas mas ainda apegada a velhos rituais. Sentar, comer, dormir cedo. Fui parar num evento onde tinha comida (e muito boa), tinha bebida (moms need alcohol), tinha lugar pra sentar, evento ia até as 17h, ou seja, cedo (apesar de ironicamente a gente não querer que acabe) e tinha musica pra gente descobrir que ainda tem energia sim pra mexer esse corpinho. 

Suspeito que a Sara tenha sido a única criança que não dormiu porque ficou fazendo bagunça com a avó. E sim, tinha crianças lá. Uma das nossas amigas inclusive ficou chocada porque a sua bebê dormiu uma bela cochileta de 2h enquanto a música tocava sem parar. 

Aqui inclusive vai um dica para mães de primeira viagem de algo que eu já suspeitava e que tiramos prova nesse evento. Bebês se adaptam ao meio em que estão e não vai ser um dia fora da rotina que vai acabar com a rotina do seu bebê. Além de que as regras que você conhece que funcionam contigo e teu bebê nem sempre se aplicam ao seu bebê e outras pessoas. Se o seu bebê se sentiu confortável com alguém próximo a você, que você confia obviamente, aproveite. Os dois estão bem sem você, aproveita o momento

Contextualizando, nossa amiga ficou com receio de abusar do colo dos amigos e até então acreditava que a pequena só dormia por mais tempo se fosse no colo dela. Com as minhas experiências com a Sara só falei para ela focar no tempo cronometrado dela para que pudesse beber antes de voltar a amamentar (limite de 2 horinhas sem álcool antes da próxima mamada, a quem interessar a informação) e que confiasse no fato de que bebê só tem sensor de distanciamento quando sai do colo da mãe. A pequena dormiu no colo de um amigo nosso e quando enfim ele cansou, fizemos uma caminha improvisada no canto do sofá que estávamos. Para surpresa da mamãe, a pequena dormiu direto longas 2 horas de soninho tranquilo e acordou mais tarde pronta para dançar mais com os amigos da mamãe. 

E como eu sei do peso que isso tira das nossas costas quando queremos viver um pouco, além de apenas viver a maternidade, quando temos quem nos ajude nesses momentos. Mesmo que eu não amamente, por exemplo, pude curtir o dia vivendo além da maternidade porque minha mãe aproveitou o dia para mimar e matar a saudade da neta. Parece bobo, mas pude beber, conversar com as pessoas e, pasmem, dançar (algo que eu nem sabia que gostava) porque sabia que Sara estava perto e segura curtindo o evento do seu próprio jeitinho com a avó. 

Conforme as pessoas foram chegando fui revendo amigos queridos que fazem parte importante da vida da minha irmã e que, por isso, sinto que é importante me conectar com eles também. Sei disso porque a cara dela entregou isso tantas vezes no dia que se a gente pensar demais os olhos ficam marejados fácil. Além de que também sinto isso com as minhas pessoas favoritas, essa urgência de conectar todas as minhas pessoas favoritas. 

Essa primeira edição do Wake & Bake foi sucesso. E digo isso não só por ter curtido a experiência numa análise mais pessoal da coisa, mas analisando o evento em si. Cunhado e a Ana, uma querida que conheci no dia, arrasaram demais. Não tinha como negar que todo mundo vibrava felicidade ali. Aquela felicidade que contagia mesmo, que faz a gente mexer o corpo sem perceber. 

O mais legal disso tudo? Gostei demais da versão que me permiti ser ali, sem pensar demais, e quero com toda certeza repetir a dose. Sara também amou a festa do tio rodrigo e disse que quer ir mais várias vezes

Na próxima só preciso lembrar de tomar mais água porque ressaca antes mesmo de chegar em casa é complicado viu. Os 30+ não tem um dia de paz. 

Assim que o evento acabou, como o Anómada continua funcionando, resolvemos jantar por lá antes de ir embora. Cunhado, irmã, mãe e eu só o pó querendo comer e ir logo pra casa dormir. Sara a milhão para a surpresa de ninguém. Jantamos pizza e saímos de lá com a certeza de que pretendo voltar não só pela comida mas pelo o que o evento proporcionou. 

Sara e eu fomos direto para o banho assim que chegamos em casa e, diferente da Sara, fui para cama antes das 22h com um comprimido de dipirona e um sonho (que a ressaca passasse logo) como a jovem senhora que sou. Já Sara continuou gastando a energia com o pai por mais um tempo. Nada como bateria nova né? Dura que é uma beleza. 

E assim foi um sábado de outubro pouco comum e cheio de boas memórias

Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho do cunhadin, segue LINK DA PLAYLIST no Spotify — tentei compartilhar a playlist de outra forma aqui e por razões misteriosas não consegui, sorry. Talvez alguém aqui já conheça alguma produção dele e se eu fosse arriscar diria que a terceira música dessa playlist 😉

Também rolou participação dele no último Sounds in da City, que não fui mas espero ir em um próximo. Segue fullset da apresentação dele no dia:

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Esse post faz parte da seleção de temas do nosso grupo de blogagem coletiva Work Of Art, criado com o intuito de compartilhar nossas perspectivas sobre os mesmos assuntos. Se essa ideia também te anima e você quiser fazer parte, tenho uma página no blog explicando um pouco mais sobre o grupo

Tema #006: um dia comigo

19.10.25

não tinha planos de gastar meus pensamentos e dinheirinhos com a manutenção do meu notebook por agora — pra que não sabe ele resolveu não ligar mais do mais absoluto nada —, visto que há uma infinidade de gastos teoricamente mais urgentes na frente disso, porém como cabeça cheia oficina do ~e se eu fizer mais uma graduação? tenho planos para começo do ano que vem e preciso dele funcionando. 

agora enquanto aguardo um parecer do problema só espero que não custe rins saudáveis e seja algo simples de resolver. caso contrário terei que aceitar, muito white people problems, que precisarei aguentar aprender duas coisas novas simultaneamente (a usar o mac do cunhado enquanto aprendo coisas novas da tal da graduação). 

***

acho que nossos dias nunca foram tão sequencialmente agitados como tem sido ultimamente. 

como temos planos de nos mudarmos ainda esse ano — o que parece um feito quase impossível considerando a quantidade de coisas para resolver e organização na agenda de fornecedores demais num espaço de tempo tão curto (móveis, pedra, cortinas, ...) — cada hora livre tentamos resolver alguma coisa. 

antecipou faxina? toni corre pós expediente pra ir no mercado comprar as parafernálias necessárias, busca a sara na creche, passa na casa nova pra deixar as coisas e na volta me pega no trabalho enquanto equilibro outros pratinhos fazendo hora extra. isso depois de passar o dia tentando definir coisas e falando com fornecedores enquanto trabalhamos. um vida inteira no dia, quase todo dia. 

cabeça pedindo socorro fumegando mas né, cada dia mais perto da tão esperada mudança. não dá pra reclamar do caos, as coisas estão se encaminhando. 

***

comecei a ler alchemised dia desses. o ritmo tem sido lento por conta da correria e por ser livro físico (meu ritmo acaba sendo outro com o kindle). esse sábado é que me permitir ler por horas a fio e, caramba, me sinto no caminho do completo desgraçamento mental. 

já foram 370 páginas, o que não é nem metade desse calhamaço ainda, e já gastei uma cota de lágrimas. é um livro intenso. desolador. estou amando. 

alchemised é uma dark fantasy inspirada em uma fanfic de harry potter, entre hermione e draco. na outra rede é apresentada como um livro que narra a história sombria de uma mulher sem memórias tentando sobreviver em um mundo dominado por necromancia e seres malignos. é um livro com classificação +18 e não é por causa dos hot (se é que tem). 

***

fui para o quarto ler. não passou muito tempo toni veio se esticar na cama. sara se viu sozinha na sala por mais de 1min e veio averiguar a situação. viu que meu espaço pessoal foi invadido (que na cabeça da sara é dela e não meu) e se enfiou no meio. viramos esse bololo de braços depois de mais um sábado agitado para nossos padrões. 

nunca se fica sozinho por muito tempo nessa casa. 

***

algoritmo do meu instagram não perdeu tempo e agora toda vez que acesso sou bombardeada por stories patrocinados de tudo que é coisa para casa (porta pão, porta papel higiênico, porta alvejante, porta qualquer coisa). o que em parte tem sido genial — já me apareceu uma infinidade de lojas para escolher um sofá — mas também tem me irritado porque as vezes eu abro só para ver o que os webamigos tem feito e desisto com a enxurrada de propagandas. 

 🌿

esse é só mais um compilado aleatório de pequenos grandes acontecimentos e vozes da minha cabeça nesse querido espaço-tempo. relembrando a energia dos meus diários físicos de adolescente mas sem me dar o trabalho de colocar o cadeado.

11.10.25

 ... e entramos numa nova etapa muito doida da nossa doida vida. 

Eu achava que a minha vida era corrida até adicionar novas urgências nela sem nem aliviar as anteriores. Pegamos as chaves da casa nova. 

A verdade é que a ficha nem caiu, não de verdade. Estamos anestesiados imersos em várias pequenas e grandes tarefas que vão definir se nos mudaremos ainda esse ano, o que é o nosso plano. 

É muito doido como é muito mais fácil pesquisar decoração do nosso lar quando aplicar as escolhas parece algo distante demais. Diferente de, pelo menos tem sido assim por aqui, quando há uma urgência nos prazos, nas escolhas. Diferente quando as escolhas são meio definitivas (oi móveis planejados), quando as escolhas envolvem muitos dinheirinhos que você não está habituada a sacrificar. 

A tal da vida adulta aparentemente. 

Tem sido cansativo e ainda assim gratificante. Até as horas extras trabalhadas tem valido os boletos que ainda precisarão ser pagos. Chooooices

Sábado passado fizemos a primeira visita vendo a casa como realmente nossa — apesar de todo o papo sobre a ficha ainda não ter caído — para agilizarmos a etapa das medidas e projeto dos móveis. A casinha nua em pelo, como podem ver. 

Tivemos que solicitar reforços (oi mãe, oi mana) para conseguirmos dar atenção ao marceneiro. Só essa brincadeirinha durou a manhã inteira com a casa o puro suco da poeira e tenho certeza que só deu certo porque mãe veio equipada para entreter a neta (cadeiras, mesinha, livro de colorir e petiscos). 

Meus pés e lombar quase foram com os deuses. 

E você não leu errado. Uma manhã inteira para apenas medir e imaginar o que precisamos para um ou outro cômodo. Longe de estarmos definindo os móveis da casa inteira de uma vez só. Até porque vamos ser bem realistas, falta tempo e veja bem, faltam muitos dinheiros para essa outra parte da brincadeira. 

A ideia é resolver cozinha e banheiros para nos mudarmos ainda esse ano, assim espero. Vamos levar poucos móveis do cafofo e ainda assim teremos um bocado de tralha para encaixotar. O quarto promovido a escritório provavelmente terá todo um longo estágio sendo quarto da bagunça até conseguirmos resolver outras partes da casa e móveis. 

Além do dinheiro, obviamente, muita coisa vai ficar para depois porque não temos definido como queremos esses espaços. Temos algumas ideias para sala e escritório, por exemplo, mas são só isso mesmo, ideias. 

Afinal, queremos que a casa tenha a nossa cara. 

A outra rede é um espaço muito bacana para caçar referências. A questão é achar os pedacinhos da gente em cada referência que achamos interessante. O que é bonito e aestheric — ler em tom de deboche (e aqui me permito debochar do que também acho bonito fodasi) — não necessariamente é prático ou faz sentido para a nossa dinâmica familiar. 

Quer um exemplo? Acho lindo aqueles espelhos diferentões que ficam encostados na parede, meio inclinados. A realidade é que imagino fácil furacão Sarinha esbarrando nele enquanto brinca. 

Vou sacrificar a tranquilidade e segurança por um canto fotografável? No, thanks. Minhas vontades de registrar a roupinha caótica do dia que lute porque não sei ainda nem aonde vamos enfiar um espelho de corpo inteiro. 

No momento estou mais preocupada com o tamanho da cuba que precisa dar espaço para a torneira que não pode ser muito alta para não bater no móvel e isso sem nem decidir qual diabos será a cor desse móvel entre outras coisas. 

Seu olho está tremendo? O meu está. 

Fecho esse post realmente abrindo a temporada de posts sobre a nossa rotina ainda mais caótica, temporada de casinha nova. Quero compartilhar aqui os momentos de euforia e os perrengues que forem surgindo. Para lá na frente eu poder reler isso jogada no sofá e lembrar que deu um trabalho danado mas valeu a pena. 

Domingo passado, pós visita a casinha, estava eu e Toni conversando sobre quantos possíveis rins seriam sacrificados nos móveis (ainda não chegamos na parte do orçamento de fato, nos desejem sorte) e na sequência fui ligar meu computador. Ele simplesmente não ligou mais. 

Então cá estou apanhando muito usando o computador que meu cunhado emprestou, um mac, sendo euzinha uma pessoa que passou a vida inteira usando windows. Achando muito chique mas me sentindo em situação de burra. Só os deuses sabem quanto tempo demorei pra escrever esse post e o tanto que estou apanhando com os atalhos e acentuações!!1!1!!!1 

O trabalhador sonhador não tem 01 dia de paz. 

💥

Vocês tem ideia do tamanho dos catálogos de opções da cor MADEIRA? Porque eu não tinha e estou enlouquecendo. Sem falar no tanto de eletrodoméstico que já tivemos que pesquisar MEDIDAS. E ainda precisamos falar com o cara do box, o cara da cortina, o cara da... VAMO QUE VAMO. 

5.10.25

Piscamos e mais um mês se foi. Mais três piscadas e o ano acaba, que loucura. 

Setembro veio com os dois pés, a correria CLT (infelizmente guerreira e não herdeira), o estresse burocrático que antecede a mudança (que só os deuses sabem quando vai acontecer), uma super virose ou vários rounds virais (não consegui descobrir). Cansada estou

Foto que a mana tirou mas confisquei :)

Para os meus padrões de registros, fiz o que pude e pude muito pouco. Quase não peguei o celular para fotografar e quando fiz foi para tentar não deixar o mês virar um grande borrão. 

Adoro a energia e carisma que ressurge depois de uma semana de home office com furacão sarinha doente em casa (ela achando que estava de férias). É como se eu precisasse resgatar uns centavos de dignidade depois de dias descabelada, de pijama, tentando dar conta de uma mini humana entediada e as demandas financeiras da minha função CLT... sobrevivendo um dia de cada vez. 

Porém marido do chefinho me conhece, sabe que o carisma da gata tem a fragilidade de uma bomba. Eu chego no escritório determinada a ter um bom dia e o poucos minutos depois já me ~endoidaro.  

E sei que foi um mês daqueles também porque minha experiência com as minhas leituras não foi das melhores. Tudo parecia se arrastar demais, como se eu estivesse presa numa grande ressaca literária. 

Mas como não se vive só de correria e perrengue adulto, também foi mês de celebrar os 60 anos da nossa rainha. 

Repasse genético cacheado me pulou, palhaçada!

Foi um mês puxado, além do que estamos acostumados por assim dizer, mas ainda assim não é só caos pelo caos sabe? 

Cabeça pipocando coisas e preocupações muito adultas e que, quando acontecem simultaneamente, nos deixam ainda mais cansados. Como conferir manutenções de obra (que nem deveriam ser necessárias para começo de conversa) enquanto se define qual o novo colégio da pequena devido a nossa mudança de endereço. Parece que vivemos uns três meses dentro de um só, coisa de doido. 

Ainda assim animados, ansiosos e monotemáticos. Essa finaleira de ano vai ser bem movimentada pelo tanto de coisas que precisamos resolver e definir. Provavelmente serei repetitiva nas pautas e choramingos desse blog, ajuda a aliviar a tensão da coisa toda enquanto a minha cabeça grita o que eu tô fazendo aqui eu só tenho seis anos?, completamente maluca. 

Ninguém avisou ou eu só não prestei atenção que a metáfora antes da calmaria vem a tempestade (ou algo assim) é real demais e a gente pode ficar muito feliz e também completamente maluco no processo. Deve ser bom ser rica e só colocar a bolsa no ombro de uma mudança para outra né? Sem precisar ler contrato, conferir manutenção, planejar coisas enquanto boletos se multiplicam. Deve ser bom. 

Vamo que vamo. 

30.9.25

Ou, uma segunda-feira em que sai de casa determinada a registrar o caminho em que uso para ir trabalhar mesmo me sentindo uma grande maluca fotografando tudo sem nem enxergar o que eu fotografava. 7h da manhã. 

Dessa vez nem coloquei meus fones (não queria me desligar demais e ser atropelada) e segui rumo ao trabalho com o App Dazz Cam aberto registrando o percurso sem nem saber ao certo o que estava enquadrando. Como podem ver, meu dedo dando oi

Me senti uma grande maluca fazendo isso mas não me apeguei muito no que pareceria aos olhos de quem visse de fora. Num cenário otimista (?) posso ter servido de entretenimento alheio pra quem tentou entender o que diabos eu estava fazendo em plena segunda-feira a passos rápidos.

Porque apesar de eu querer muito fazer isso dar certo (tipo esse post existir), os minutos eram contados e desaprendi a andar devagar já tem muito tempo.  

Mesmo na correria, sem muito planejamento, nem ao menos sabendo em que cor focar (o que era a ideia inicial do tema do mês), foi divertido dar espaço para olhar ao redor, o caminho... prestar atenção de fato no percurso que faço toda semana, tantos dias. 

Fiquei feliz por conseguir participar do tema mesmo que nos quarenta e cinco do segundo tempo (um dia antes do mês acabar) sem pensar demais e apenas colocar em prática. Essa experiência me fez pensar no tanto de coisa que a gente faz no automático e como é fácil simplesmente parar de olhar as coisas ao nosso redor. A vida vai passando num grande borrão de atribulações e a gente esquece das coisinhas bacanas que acontecem também.

Considerando que setembro foi um mês particularmente caótico por aqui, sem quase nenhum registro, me senti vitoriosa por finalizar dessa forma 🙂‍↕️

👀

Bônus de percepção que acabei não registrando: tem uma loja bem extensa que tem uns arbustos (?), mini árvores, sei lá, plantas em toda extensão de frente de loja, enfileiradas. Curiosamente, todas possuem a mesma queimadura no mesmo ponto e mesmo lado. Arrisco dizer que são queimaduras de xixi de cachorro. 

App: Dazz Cam; Filme / Câmera: D FunS

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Esse post faz parte da seleção de temas do nosso grupo de blogagem coletiva Work Of Art, criado com o intuito de compartilhar nossas perspectivas sobre os mesmos assuntos. Se essa ideia também te anima e você quiser fazer parte, tenho uma página no blog explicando um pouco mais sobre o grupo

Tema #005: Caminhada colorida

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